Conheça o drone que monitora garimpo ilegal no Brasil com sensores e câmeras noturnas

Com autonomia de 4 horas de voo e alcance de até 60 km, veículo é considerado uma poderosa ferramenta em missões de segurança e defesa

31 jul 2024 - 05h00
Resumo
Drone Nauru 500 IC ISR da empresa Xmobots monitora atividades de garimpo ilegal na Amazônia, com capacidade de voo de até 60km e autorização para voos noturnos.
Um de seus maiores diferenciais é a sua configuração específica para aplicações ISR diurnas e noturnas
Um de seus maiores diferenciais é a sua configuração específica para aplicações ISR diurnas e noturnas
Foto: Divulgação

A tecnologia pode ser aliada no monitoramento das atividades de garimpo ilegal no Brasil graças a um drone, capaz de fazer registros diurnos e noturnos. O aparato registra com detalhes as movimentações por meio de uma série de sensores e câmeras. 

O drone Nauru 500 IC ISR é desenvolvido pela empresa Xmobots, de São Carlos (SP), e foi o primeiro RPA (Robotic Process Automation) a sobrevoar a Amazônia.

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Com autonomia de 4 horas de voo em modelo híbrido (combustível + bateria para o sistema VTOL), capacidade de voo de até 60 km, o equipamento é considerado uma poderosa ferramenta em missões voltadas à segurança e defesa, destaca a empresa em comunicado. 

"Em operações ISR, a necessidade de voos em locais hostis com infraestrutura reduzida ou insuficiente – como matas, cidades (zonas de risco) e rios – é uma premissa básica", ressalta a Xmobots.

Drone monitora atividades de garimpo ilegal na Amazônia
Foto: Divulgação

Com 25 quilos, a altitude máxima alcançada pelo equipamento é de 400 pés (cerca de 120 metros). Para operar à noite, este drone recebeu uma autorização, sendo um dos primeiros do ramo aptos a voos noturnos, informou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Em entrevista ao UOL, Raimundo Camargos, coordenador-geral de inteligência do Censipam (Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia) afirma que o equipamento vem sendo usado desde o início de julho no monitoramento de terras indígenas.

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O veículo ajuda no preparo de operações terrestres, pois consegue mapear uma grande área (mais de 60 km) e consegue pousar e decolar na vertical, permitindo que seja acionado de qualquer clareira na região, disse o especialista.

"Drones menores anteriormente usados expunham muito o operador em função de terem alcance curto, o que podia comprometer a segurança. Além disso, a grande distância de cobertura [do Nauru] nos dá resultados significativos", disse Camargos.

Fonte: Redação Byte
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