Copa chega dois anos antes da hora para TVs UHD de Samsung e LG

12 mai 2014 - 15h20

Os fãs de futebol que compraram TVs topo de linha de ultra-alta-definição (UHD) a tempo da Copa do Mundo de futebol, que começa no próximo mês, podem não ver nenhum jogo no novo formato.

Apenas três jogos serão filmados em UHD, que possui resolução quatro vezes superior ao padrão Full HD. Isso porque até mesmo no Japão, onde o formato foi inventado, poucas emissoras têm a capacidade de transmitir a grande quantidade de dados necessários para UHD por meio de satélites convencionais.

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Analistas dizem que a febre com a Copa do Mundo deve impulsionar as vendas de equipamentos com a tecnologia UHD, embora as perspectivas de longo prazo permaneçam obscuras, em parte devido à incerteza em torno de distribuição de conteúdo.

A dependência das emissoras é um risco que fabricantes de TVs como a Samsung Electronics e a LG Electronics assumem ao promover novas tecnologias.

Telas de plasma tiveram vida curta, o 3D é amplamente considerado um recurso dispensável, e TVs inteligentes - com características parecidas com smartphones - não se tornaram populares.

"Distribuição e conteúdo são os maiores obstáculos para a adoção do UHD", afirmou à Reuters o analista Hisakazu Torii, da DisplaySearch.

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A Copa do Mundo está chegando pelo menos dois anos antes da transmissão UHD regular se tornar plausível, segundo analistas.

Mesmo assim, Samsung e LG - as maiores fabricantes de TV por participação de mercado - não estão perdendo a chance de elevar as vendas. A Copa do Mundo, que acontece a cada quatro anos, oferece uma oportunidade de cobrar um prêmio pelas TVs UHD antes de a competição levar os preços para baixo em até 50 por cento no final do ano, dizem observadores da indústria.

"A demanda por TVs UHD vai impulsionar o crescimento do mercado global de TVs", disse Simon Sung, vice-presidente da divisão de displays visuais da Samsung, em fala direcionada a analistas na semana passada.

Os embarques de TVSs UHD vão alcançar 13 milhões de unidades este ano contra 2 milhões no ano passado, ou cerca de 6 por cento do mercado global de TVs, que deve enfrentar seu terceiro ano consecutivo de declínio, de acordo com a empresa de pesquisas IHS.

(Por Se Young Lee e Sophie Knight)

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