Coração misterioso na superfície de Plutão é desvendado por cientistas

Astrofísicos utilizaram simulações numéricas para investigar as origens do denominado Sputnik Planitia

15 abr 2024 - 17h06
Astrofísicos resolvem mistério sobre "coração" na superfície de Plutão
Astrofísicos resolvem mistério sobre "coração" na superfície de Plutão
Foto: NASA/Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins/Southwest Research Institute/Alex Parker

Desde que as câmaras da missão New Horizons, da Nasa, descobriram uma grande estrutura em forma de coração na superfície do planeta anão Plutão, em 2015, este “coração” tem intrigado os cientistas devido à sua forma única, composição geológica e elevação.

Nove anos depois, o mistério do coração foi finalmente desvendado. Uma equipa internacional de astrofísicos, liderada pela Universidade de Berna e membros do Centro Nacional de Competência em Investigação (NCCR) PlanetS, foi a primeira a reproduzir com sucesso a estrutura incomum de Plutão.

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Os cientistas utilizaram simulações numéricas para investigar as origens do denominado Sputnik Planitia, a parte ocidental em forma de lágrima da superfície do coração de Plutão.

Segundo o estudo, o início da história de Plutão foi marcado por um evento cataclísmico que formou o Sputnik Planitia: uma colisão com um corpo planetário com cerca de 700 km de diâmetro, aproximadamente o dobro do tamanho da Suíça, de leste a oeste.

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As descobertas da equipe foram publicadas recentemente na revista Nature Astronomy. A pesquisa sugere ainda que a estrutura interna de Plutão é diferente do que se supunha anteriormente, indicando que não existe oceano subterrâneo.

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O coração, também conhecido como Tombaugh Regio, chamou a atenção imediatamente após a sua descoberta. Mas também despertou o interesse dos cientistas porque está coberto por um material de alto albedo que reflete mais luz do que o seu entorno, criando a sua cor mais branca.

“A aparência brilhante do Sputnik Planitia se deve ao fato de ele ser predominantemente preenchido com gelo de nitrogênio branco que se move e faz convecção para suavizar constantemente a superfície. Esse nitrogênio provavelmente se acumulou rapidamente após o impacto devido à menor altitude”, disse Martin Jutzi, da Universidade de Berna e autor principal do estudo, em entrevista ao Phys.org.

Fonte: Redação Byte
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