Criança de três anos sofre overdose após ataque hacker em hospital

Sistema do computador do hospital era responsável por calcular automaticamente as doses do medicamento

8 nov 2022 - 17h25
Uma criança sofreu overdose por conta de ataque hacker ao sistema que contabilizava as doses de analgésico
Uma criança sofreu overdose por conta de ataque hacker ao sistema que contabilizava as doses de analgésico
Foto: Sasin Tipchai / Pixabay

Uma criança de três anos sofreu uma overdose no hospital CommonSpirit Health, em Des Moines, nos Estados Unidos, após receber cinco vezes mais da dosagem de analgésico recomendada para ela. O ocorrido se deu por conta de um ataque cibernético contra o sistema do hospital. 

A mãe do menino, Kelley Parsi, relatou que ele foi internado para passar por uma cirurgia de retirada de amígdalas, e após o procedimento, foi levado para o quarto para a recuperação – que deveria durar poucos dias. 

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No entanto, enquanto a criança recebia o soro, houve um ataque cibernético ao sistema do computador do hospital, responsável por calcular automaticamente as doses do medicamento. O médico que acompanhava o menino não conseguiu acessar a ficha do paciente e deu a ele cinco vezes a mais do que estava prescrito, segundo o portal NBC News.

Parsi esperou por horas para receber notícias sobre o filho após a overdose, mas por sorte ele não teve consequências mais graves e conseguiu ter alta hospitalar logo depois. 

A unidade CommonSpirit Health se recusou a comentar sobre o caso, também segundo o portal NBC, alegando confidencialidade do paciente. Mas em comunicado, um porta-voz da instituição disse estar “comprometido em fornecer atendimento seguro e de qualidade para todos os pacientes”.

Outros casos prejudicados pelo ataque

Outros pacientes foram afetados pelo ataque hacker. Rachel Cupples, de Washington – que foi ao pronto-socorro no final de setembro com fortes dores abdominais e foi diagnosticada com um cisto no ovário que precisa ser retirado logo – teve a cirurgia adiada por semanas. 

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Cirurgia da paciente Rachel Cupples precisava ser feita logo
Foto: Sasin Tipchai / Pixabay

Quando ela tentou agendar o procedimento, o hospital não estava aceitando novos agendamentos em razão do ataque de ransomware, ou seja, programa malicioso (malware) que, ao infectar um computador, bloqueia e até mesmo criptografa os arquivos. 

“Liguei e descobri que todos os sistemas estavam inoperantes e que não podiam agendar ou fazer nada. Ninguém realmente sabia naquele momento (ou pelo menos eles não estavam compartilhando) quanto tempo ia durar", afirmou ela. 

Assim que o sistema voltou ao normal, no fim do mês passado, Cupples conseguiu fazer sua cirurgia.

Ainda que muitas consequências tenham ocorrido, os pacientes culpam os invasores hackers e não os médicos.

Hoje em dia, ataques de ransomware são difíceis de resolver porque os hackers invadem sistemas de empresas e mantêm arquivos como reféns, exigindo dinheiro em troca para liberá-los. Sem acesso aos documentos, as vítimas podem ser tanto pessoas físicas quanto pequenas empresas e grandes corporações.

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Fonte: Redação Byte
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