Você costuma sair mais de casa no verão? As cobras e serpentes também. Esses animais tendem a sair de seus esconderijos em dias mais quentes porque há mais alimento disponível e também por ser o período natural de acasalamento.
O Brasil é o terceiro país com maior registro de número de picadas de cobra no mundo: são 30 mil por ano. Estamos atrás somente de Índia e Sri Lanka. Aqui também é um lugar com uma das maiores biodiversidades do mundo, com cerca de 430 espécies de serpentes.
Pesquisa em Minas Gerais
Um grupo de seis pesquisadores estudou os dados disponibilizados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Ministério da Saúde, entre os anos de 2007 e 2019.
A maior parte das picadas ocorre com duas espécies no país: jararacas e cascavéis. Em Minas Gerais, onde foi realizado o estudo, não é diferente. São registrados por ano 2.340 picadas por jararaca e 570 por cascavel. As vítimas costumam ser homens que trabalham no campo com idade entre 20 e 60 anos.
A pesquisa, intitulada “Padrões espaço-temporais dos acidentes ofídicos no estado de Minas Gerais, Brasil”, foi publicada no Journal of Environmental Analysis and Progress, no início de dezembro.
Elas são boazinhas, mas cuidado
É importante lembrar que as serpentes só atacam se se sentirem ameaçadas ou se forem provocadas. Por isso, é importante tomar algumas medidas de precaução para evitar encontros indesejados com esses animais.
Uma dica é evitar andar descalço ou com sandálias em áreas onde há muita vegetação. As serpentes podem estar escondidas entre as folhas e galhos. Trabalhadores rurais podem usar botas e perneiras para diminuir o risco. Também é importante não se aproximar demais desses animais e não tentar pegá-los.
Caso você encontre uma serpente, mantenha uma distância segura e chame a autoridade competente para lidar com o animal. Em caso de picada, procure atendimento médico imediato, pois algumas espécies de serpentes podem ser venenosas e, em alguns casos, a picada pode ser fatal.