Um defeito em um aplicativo impediu a decolagem de voos da companhia aérea americana American Airlines nos Estados Unidos, deixando centenas de passageiros em solo.
A falha técnica afetou o software do iPad usado por pilotos e copilotos dentro da aeronave para ver os planos de voo. Por causa disso, o aparelho parou de funcionar.
O incidente aconteceu no Reagan National Airport, no Estado americano da Virgínia.
Em 2013, a American Airlines decidiu remover de dentro da cabine os manuais impressos. O objetivo era evitar que os tripulantes tivessem de levar a bordo grandes volumes de papel, que chegavam a pesar em torno de 16 kg.
Segundo a empresa, desde que foi implementada, em 2013, a iniciativa economizou cerca de US$ 1,2 milhão (R$ 3,6 milhões) em combustível por ano.
A companhia informou que conseguiu consertar o problema.
"Tivemos problemas técnicos com um aplicativo instalado nos iPads de alguns pilotos", disse Mike Pound, porta-voz da American Airlines.
"O problema aconteceu com um aplicativo, não com o iPad, e causou atrasos nos voos na noite de ontem (segunda-feira) e durante parte dessa manhã".
"Nossos pilotos conseguiram solucionar o problema ao baixar o aplicativo de novo na sala de embarque e, como medida de prevenção, levaram consigo instruções em papel que obtiveram no aeroporto. Pedimos desculpas pelo inconveniente", acrescentou o porta-voz.
Os pilotos da American Airlines usam um app chamado FliteDeck, que é feito pela Jeppesen, uma subsidiária da Boeing.
Transtorno
O executivo Serge Gojkovich foi um dos passageiros afetados.
Ele tuitou que seu voo de San Francisco para Los Angeles só decolou na terça-feira depois que os pilotos informaram os passageiros que haviam conseguido imprimir os mapas de que precisariam a bordo.
A American Airlines não é a única companhia aérea a abdicar dos mapas em papel em favor dos tablets.
A United Airlines foi uma das primeiras a adotar iPads na cabine dos pilotos, enquanto a Delta optou pelos tablets Surface, da Microsoft.
British Airways e Ryanair ainda estão no processo de adoção dos novos equipamentos.
O argumento é que, além de economizar combustível, o novo kit reduz o tempo de preparação do voo e proporciona aos tripulantes atualizações em tempo real.