O comando de Elon Musk no Twitter está sendo, no mínimo, polêmica. Musk deu ao time de engenharia o prazo apertado de uma semana para implementar um novo sistema de anúncios no Twitter, altamente influenciado pelo Google.
Usando a sua própria rede social, Musk escreveu: “Desculpe por mostrar tantos anúncios irrelevantes e irritantes no Twitter! Estamos tomando a ação corretiva (óbvia) de vincular anúncios a palavras-chave e tópicos em tweets, como o Google faz com a pesquisa. Isso melhorará drasticamente a relevância contextual”.
Para Marcin Kadluczka, recentemente dispensado do seu cargo de gerente de engenharia para monetização do Twitter, um tempo razoável para fazer essa mudança seria de 2 a 3 meses. O prazo de uma semana foi dado pouco antes de Kadluczka e outras pessoas do time de anúncios serem dispensados, no último dia 17 de fevereiro.
Por que o Google é referência?
Os anúncios no Twitter são o foco de Musk desde que ele adquiriu a rede social por US$ 44 bilhões no ano passado. Segundo ele, o modelo atual deixa os anúncios pouco personalizados e ineficazes, se comparado com a concorrência.
O modelo desejado por Musk é muito parecido com o do Google. Para exibir anúncios relevantes, o Google utiliza uma série de técnicas e algoritmos avançados que levam em consideração diversos fatores, como o histórico de buscas e de navegação do usuário, o local em que ele se encontra, a hora do dia, o dispositivo que ele está usando, entre outros.
Além disso, o Google também utiliza informações fornecidas pelos próprios anunciantes, como palavras-chave, categorias de interesse, públicos-alvo e outros critérios que ajudam a direcionar os anúncios para as pessoas certas.
Essas técnicas permitem ao Google exibir anúncios que são relevantes para os usuários, o que aumenta a probabilidade de eles clicarem nos anúncios e realizarem alguma ação, como fazer uma compra ou preencher um formulário.
Cortes e mais cortes
Os cortes e mudanças no Twitter continuam a todo o vapor. Na semana passada, Elon Musk demitiu dezenas de funcionários das áreas de vendas e engenharia.
No dia 21 de novembro do ano passado, após demitir dois terços da força de trabalho do Twitter, Musk reuniu o restante do time. Em São Francisco, na época, ele anunciou que a onda de demissões havia acabado. O que não aconteceu desde então.