O X, o antigo Twitter, será bloqueado no Brasil após o dono da rede social, Elon Musk, descumprir uma ordem judicial estabelecida pelo ministro Alexandre de Moraes. Porém, não é apenas aqui que a ferramenta tem estado na mira da Justiça. Segundo o Veredict, uma marca de propriedade da GlobalData, desde 2015, 37 países já aplicaram algum tipo de restrição à rede social.
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"A abordagem de liberdade de expressão de Musk às mídias sociais está cada vez mais em desacordo com as regras dos países democráticos, como no caso da UE, que abriu uma investigação sobre X, junto com Meta e TikTok, por violar a Lei de Serviços Digitais. Esta é uma tentativa de Bruxelas e de outros países como o Reino Unido de responsabilizar as empresas de mídia social pelo conteúdo que publicam em suas plataformas e garantir uma internet segura para os usuários mais vulneráveis", disse Laura Petrone, analista temática sênior da GlobalData ao Verdict.
Ela acrescenta que o relaxamento das políticas de moderação, situações como a que ocorre no Brasil, se tornou comum no X. "O grande dilema para cada país é decidir qual é o nível mínimo de moderação exigido das empresas de mídia social e quais são os limites entre moderação e censura", afirma.
Bloqueio a qualquer momento
Nesta sexta-feira, 30, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o X seja suspenso no País. A decisão foi tomada após Elon Musk, dono da rede social, ter descumprido a ordem judicial dada na quarta-feira para que, em 24 horas, ele indicasse um representante legal da empresa no Brasil.
Na decisão, a qual o Terra teve acesso, Moraes notificou a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que deve dar a ordem às empresas de telecomunicação para que bloqueiem o acesso ao X no País. O prazo para efetivar a medida é de 24 horas.