Deslizamento de terra causa tsunami de 200 m e faz a Terra "tremer" por 9 dias

Caso aconteceu em 2023, mas só agora cientistas descobriram origens dos abalos sísmicos

13 set 2024 - 10h13
Resumo
Deslizamento de terra na Groenlândia desencadeou mega tsunami confinado em um fiorde por nove dias, amplificado pelo efeito de ressonância.
Fiorde Dickson na Groenlândia antes do deslizamento de terra.
Fiorde Dickson na Groenlândia antes do deslizamento de terra.
Foto: Søren Rysgaard

Um fenômeno natural e preocupante foi descoberto no coração da Groenlândia. Um deslizamento de terra grande, desencadeado pelo derretimento acelerado das geleiras devido às mudanças climáticas, provocou um mega tsunami que ficou confinado dentro de um fiorde por nove dias.

O evento, que ocorreu em setembro de 2023, gerou ondas de até 200 metros de altura que se chocaram repetidamente contra as paredes do Fiorde Dickson. A força dessas ondas foi tão grande que as vibrações sísmicas resultantes reverberaram por todo o planeta, deixando cientistas procurando respostas durante semanas.

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Descoberta

Uma equipe internacional de pesquisadores, utilizando dados de satélites e modelos computacionais, conseguiu desvendar o mistério.

O estudo, publicado na renomada revista Science, revelou que o tsunami foi amplificado pelo efeito de ressonância dentro do fiorde (grande entrada de mar entre altas montanhas rochosas) criando um padrão ondulatório que se repetiu por dias a fio.

O deslizamento de terra, que mobilizou cerca de 25 milhões de metros cúbicos de rocha e gelo, foi desencadeado pela instabilidade causada pelo derretimento da geleira na base da montanha. Esse evento, embora isolado, serve como um alerta sobre os impactos cada vez mais intensos das mudanças climáticas nas regiões polares.

Embora o tsunami não tenha causado vítimas, ele destruiu parte da infraestrutura de uma estação de pesquisa próxima.

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Os pesquisadores alertam que eventos semelhantes podem se tornar mais frequentes nas próximas décadas, com potencial para causar danos significativos a comunidades costeiras e infraestruturas críticas.

Fonte: Redação Byte
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