Destaque da NASA: nebulosa escura é a foto astronômica do dia

O destaque da NASA hoje traz regiões cósmicas cheia de contrastes, onde novas estrelas estão nascendo

28 mai 2024 - 05h24
(atualizado às 19h45)

A nuvem molecular Camaleão I, uma das regiões de formação estelar mais próximas da Terra, foi registrada pela câmera de um astrofotógrafo amador e selecionada pela NASA como destaque desta segunda-feira (27) em seu site Astronomy Picture of the Day.

Na imagem, clicada por Amiel Contuliano, há eventos cósmicos acontecendo: o nascimento de estrelas em nuvens densas de gás e poeira. Embora a grande Camaleão I seja completamente escura, impedindo ver o que acontece em seu interior, há estrelas que podem ser encontradas por emissão de raios X.

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Camaleão I é parte de um complexo com várias nuvens moleculares e lar de nebulosas de reflexão, como é o caso da estrutura brilhante em formato de "C" acima do centro da imagem. Já o "V" de cor laranja é conhecido como Nebulosa Infravermelha do Camaleão (Cha IRN).

Além de criar um lindo contraste de sua cor laranja com o azul de fundo, essa nebulosa é uma nuvem de poeira interestelar que reflete a luz de estrelas próximas — ou seja, não emite luz própria, como as nebulosas de emissão.

A foto exigiu um total de 6h48 de exposição (Imagem: Reprodução/Amiel Contuliano/APOD)
A foto exigiu um total de 6h48 de exposição (Imagem: Reprodução/Amiel Contuliano/APOD)
Foto: Canaltech

Apesar do nome indicar que é melhor observável na luz infravermelha, a Cha IRN também se destaca na luz visível. O mesmo vale para a região azul atrás, que também é uma nebulosa de reflexão.

Complexo Camaleão

O complexo Camaleão é uma região de formação de estrelas bem próxima, localizada apenas a cerca de 600 anos-luz de distância da Terra. É formado pelas nuvens escuras Camaleão I, Camaleão II e Camaleão III e, junto com a nebulosa Musca, forma a imensa Nuvem Molecular Musca-Chamaeleonis.

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Entre os objetos notáveis, estão alguns objetos de Herbig-Haro, pequenas áreas de nebulosidade associados a estrelas recém nascidas. E, claro, há várias estrelas jovens e interessantes para estudos astronômicos. Algumas delas, por exemplo, podem ser usadas para detectar gelos na nuvem escura.

Fonte: APOD

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