O Disney+ anunciou que em breve encerrará o compartilhamento de senhas gratuito no Brasil, seguindo uma tendência já adotada por outros serviços de streaming, como a Netflix. A partir de 12 de novembro, assinantes que compartilham suas contas com pessoas que não moram na mesma residência receberão notificações no aplicativo informando sobre a mudança. A data exata para o bloqueio total ainda não foi divulgada. A medida visa combater o compartilhamento de contas, uma prática que, segundo a empresa, impacta negativamente seus resultados financeiros.
Em abril, o CEO da Disney, Bob Iger, anunciou que a empresa estava buscando reduzir custos e aumentar a receita do serviço de streaming, que na época acumulava perdas de US$ 4 bilhões. Apesar das perdas, a receita do Disney+ apresentou melhora após a fusão com o Star+ e ESPN, com lucro operacional de US$ 47 milhões no último balanço divulgado em agosto.
Taxa do ponto extra
No entanto, a Disney não pretende impedir completamente o acesso de diferentes usuários em diferentes locais, mas sim, cobrar um valor adicional por isso. Nos Estados Unidos, a taxa para adicionar um "membro extra" à conta é de US$ 6,99, independentemente do plano.
No Brasil, o valor ainda não foi divulgado, mas espera-se que siga o modelo americano. Usuários que acessarem o Disney+ fora da rede Wi-Fi principal da conta poderão utilizar um código de acesso rápido para continuar assistindo aos conteúdos. A Netflix foi pioneira na implementação desse bloqueio. A empresa passou a cobrar uma taxa de R$ 12,90 por cada login excedente, o que gerou polêmica entre os usuários na época.
Outra opção para quem utiliza a conta de outra pessoa no streaming da Disney, é migrar seu perfil para uma nova assinatura, mantendo as preferências e o histórico de visualização. Essa funcionalidade permite que usuários que compartilhavam senhas mantenham seu perfil personalizado ao criarem sua própria conta.