Como todos sabem, Pelé, o rei do futebol e “atleta do século”, é incomparável. Mas se alguém chegou depois e nunca entendeu a sua realeza, ou acha que colocá-lo nesse posto até hoje é exagero, dados e estatísticas trazidos pelo perfil de Twitter Visual Game são capazes de provar o contrário.
Pelé, que morreu nesta quinta-feira (29), começou a jogar aos 15 anos de idade e foi campeão de três Copas do Mundo com a seleção brasileira: 1958, 1962 e 1970, das quatro que participou. Ao todo, ele jogou 795 jogos oficiais completos em minutos, e durante a carreira, marcou 1.282 gols, embora oficialmente sejam considerados 757, segundo a Rec Sport Soccer Statistics Foundation (RSSSF).
De acordo com o banco de dados Trachta10, considerando o número de gols feitos por Pelé e suas 367 assistências, ele alcança uma taxa de participação em 1,41 gols por jogo (90 minutos). Ele fica no topo da lista entre os maiores atacantes do mundo, seguido por Lionel Messi (1,25 gols por jogo) e o jogador Johan Cruyff (1,09 gols por jogo).
Há o mito de que o sucesso de Pelé se daria pela época em que jogou, devido a limitações do futebol no período. No entanto, isso também cai por terra porque, segundo o Visual Game, a taxa de marcação de gols daquele tempo era apenas 5% mais alta da do futebol europeu atual.
Se pensamos na quantidade de gols em que Pelé esteve envolvido, mais uma vez ele ocupa a liderança. Considerando todo o time, o atleta teve participação direta em 52,7% de todos os gols marcados. O segundo lugar fica com Erling Haaland (51,3%) e Lionel Messi (49,8%).
Ainda que nunca tenha jogado em uma equipe europeia, por ser considerado o maior jogador da história do Santos e o time não querer perdê-lo, o atleta do século jogou muito contra clubes da Europa. Em 130 jogos contra europeus, Pelé marcou 144 gols.
Quando pensamos nas contribuições de Pelé antes mesmo dos seus 24 anos, vemos que o jogador ajudou ativamente na marcação de 602 gols, um número superior com folga em relação ao segundo colocado. Se lembramos de talentos jovens como foi Messi, Neymar, Mbappé e outros, é impressionante pensar que nenhum deles chegou a conquistar algo assim.
Ferenc Puskás, jogador da Hungria, fez a pontuação de 413 em gols e assistências antes dos 24 anos, e Neymar está em terceiro lugar, com 375.
Segundo um artigo de 1975 no The New York Times, Pelé era capaz de correr 100 metros em 11 segundos, com uma frequência cardíaca 39% menor que um atleta médio. De acordo com uma votação entre vencedores do Balon D'Or na revista France Football, o jogador vencia, com folga, o título de "Melhor Atleta do Século" (122 votos). Em segundo lugar, estava Diego Maradona (65 votos).
