Em teste, inteligência artificial reconhece senhas pelo som das teclas

Pesquisadores criaram um método para identificar teclas com mais de 90% de precisão

8 ago 2023 - 16h28
(atualizado às 16h29)
Quando foram digitadas em um smartphone, a máquina adivinhou em 95% dos casos
Quando foram digitadas em um smartphone, a máquina adivinhou em 95% dos casos
Foto: Forbes

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Durham alcançou um novo patamar na exploração da cibersegurança: uilizando técnicas de aprendizado com inteligência artificial (IA), a equipe conseguiu criar um método altamente preciso para decifrar quais teclas foram digitadas tanto em notebooks quanto em celulares, revelando senhas.

Os resultados foram publicados na revista de pré-impressão Arxiv, em 2 de agosto.

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  • Com taxa de precisão de 93%, o sistema foi treinado para classificar os botões digitados usando gravações feitas por meio de aplicativos de conferência virtual, como o Zoom;
  • Quando o som foi capturado das teclas de um celular, a precisão foi de 95%.

De acordo com os pesquisadores, mesmo quando precauções são tomadas para ocultar a tela durante a digitação de senhas, os sons do teclado podem revelar informações sensíveis.

A precisão foi de 93% em identificar quais teclas foram digitadas quando utilizavam o Zoom
Foto: Darwin Laganzon/Pixabay / Tecnoblog

Análise

Os cientistas realizaram múltiplas pressões em cada uma das 36 teclas de um MacBook Pro, incluindo letras e números, repetindo o processo 25 vezes consecutivas.

Essas ações foram executadas com dedos diferentes e variando a intensidade da pressão aplicada. Os sons resultantes foram capturados tanto durante uma sessão no Zoom quanto por um smartphone posicionado a uma distância curta do teclado.

Depois, os especialistas alimentaram parte desses dados a um sistema de inteligência artificial permitindo que a máquina desenvolvesse uma compreensão gradual das características distintas nos sinais acústicos de cada botão.

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Ainda que nem todas as informações estejam claras, a equipe indica fatores cruciais para esse processo. Um deles, explicou Joshua Harrison, autor principal do estudo e membro da Universidade de Durham, pode ser a localização relativa dos botões em relação à borda do teclado.

Ao The Guardian Harrison disse que "a disposição espacial das teclas pode estar desempenhando um papel primordial na geração dos diversos sons observados."

Preocupações

Este avanço traz à tona preocupações significativas sobre a privacidade e a segurança dos usuários, potencialmente expondo informações confidenciais, como senhas, a agentes mal-intencionados, dizem os pesquisadores.

À medida que a tecnologia avança e nossas vidas se tornam cada vez mais dependentes de aparelhos digitais, a análise ressalta a urgência de reforçar as defesas cibernéticas.

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Para tentar contornar esse cenário, eles acrescentam que há várias maneiras de diminuir os riscos, como escolher senhas biométricas ou verificação em duas etapas. 

Fonte: Redação Byte
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