Encontrada em Itaipu: conheça nova abelha que está voando pelo Brasil

Levantamento no Refúgio Biológico de Itaipu registrou de forma consistente a abelha-limão pela 1ª vez no país

18 mar 2024 - 14h22
(atualizado às 14h29)
Além da abelha-limão, sete outras espécies de abelhas sem ferrão foram encontradas
Além da abelha-limão, sete outras espécies de abelhas sem ferrão foram encontradas
Foto: Divulgação/Refúgio Biológico de Itaipu

A abelha-limão (Lestrimelita chacoana) foi registrada de forma consistente no Brasil pela primeira vez, segundo novo levantamento realizado no Refúgio Biológico de Itaipu divulgado na última sexta-feira (15) .

Além da espécie inédita no país, também foram encontradas mais oito tipos de abelhas sem ferrão no local. São elas:

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  • Borá (Tetragona clavipes);
  • Jataí (Tetragonisca fiebrigi);
  • Guiruçu (Schwarziana quadripunctata);
  • Canudo (Scaptotrigona depilis);
  • Arapuá (Trigona spinipes);
  • Mirim Droryana (Plebeia droryana);
  • Mirim Nigriceps (Plebeia nigriceps).

Mais sobre as abelhas

Conhecidas como meliponíneos, essas abelhas possuem um papel fundamental para a manutenção dos ecossistemas, pois fazem a polinização das plantas. Comumente chamadas de "sem ferrão", essas espécies têm, na realidade, um ferrão atrofiado, que não pode ser utilizado para defesa.

A abelha-limão leva esse nome por exalar um cheiro similar ao da fruta cítrica. Ela é conhecida como “pirata” porque invade colmeias de outras espécies e tomar conta do ninho, mel, cera e própolis. Seu mel não é comestível.

Abelha-limão (Lestrimelita chacoana)
Foto: Divulgação/Refúgio Biológico de Itaipu

O levantamento ocorreu de outubro de 2021 a abril de 2023, por meio de uma parceria entre a Binacional, o Parque Tecnológico Itaipu (PTI), a Embrapa Florestas e Universidade Federal  da Integração Latino-Americana (Unila).

As novas informações foram armazenadas na coleção entomológica da Unila, que reúne amostras das espécies coletadas pelos pesquisadores da instituição.

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“Esse conhecimento é fundamental para preservar essas espécies e, consequentemente, para a conservação da biodiversidade no Refúgio Biológico e em nossa região”, afirmou Guilherme Schnell, pesquisador da Embrapa Florestas e doutor em Ciências Biológicas.

A iniciativa estabeleceu também protocolos de manejo das abelhas sem ferrão e desenvolveu um módulo protetor para as caixas das espécies, para permitir a instalação de colônias em áreas abertas.

Esses módulos protegem as abelhas da ação de predadores, como macacos, quatis, gambás e teiús, entre outros. Atualmente, mais de 100 módulos protetores estão instalados na área do Refúgio Biológico Bela Vista.

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Fonte: Redação Byte
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