O professor e empreendedor da matemática, Conrad Wolfram, afirmou que o modelo como a matemática é ensinada “está errado”. Durante o segundo dia do Ericsson Business Innovation Forum, Wolfram indicou que as melhores ferramentas devem ser usadas na matéria.
“O problema da matemática é: ensinamos tudo errado", sentencia o professor. "Na escola, mostramos como fazer matemática com as mãos, e no mundo de fora, no mercado de trabalho, usamos as melhores ferramentas”, critica. “Precisamos usar computadores para ensinar matemática, que é diferente e mais importante do que calcular”.
Em seguida, o matemático colocou uma equação em sua apresentação de slides, que logo foi resolvida pelo assistente pessoal da Apple, Siri, por meio de seu iPhone. “Este tipo de cálculo uma pessoa demora 12 anos para aprender. A Siri fez em segundos”, afirmou o professor. “Não é justo. Em media, 21 mil vidas inteiras são usadas para ensinar matemática”.
Outro professor, o sueco Jan Gullisken, do Royal Institute of Sweden, acredita que o futuro da educação passa pela digitalização dos estudantes em sala de aula. Para isso, ele afirma que universidades serão o primeiro setor que precisa mudar. Porém, segundo Gullisken, elas ainda não estão pronto para essa “revolução”.
O sueco, que esteve recentemente no Brasil, mantém o discurso de Wolfram e acredita que usando as tecnologias atuais em sala de aula é um avanço.
“Devemos reconhecer e perceber as tecnologias que temos. As escolas devem dar essas ferramentas aos seus estudantes”, explica o professor. “A técnica de trazer seu próprio aparelho (do inglês, Bring Your Own Device ou BYOD) pode ser mais efetiva no futuro”.
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Riscos no futuro
Para Conrad Wolfram, o perigo de os jovens se afastarem cada vez mais dos estudos matemáticos afeta o mercado de trabalho. Para ele, para se obter um modo eficaz de ensinar os jovens, primeiro é preciso entendê-los. “O primeiro passo para fazer alguém gostar de estudar é tentar entender os gostos deste jovem, e mostrar como aquele tema está relacionado com a matemática”, indica o empreendedor.
Gullisken confirma que o problema é real, e que as companhias de tecnologia da informação já encontram dificuldades para contratar profissionais especializados em um mercado que cresce a uma média de 3% por ano.
“Essas empresas precisam de profissionais de tecnologia, mas os jovens não se interessam em entrar nesses cursos”, disse Gullisken. “Precisamos de profissionais, mas não conseguimos achá-los. E também precisamos de mais especialização”.
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O professor sueco ainda mostra que algumas profissões com pouca ligação social e a tecnologia devem desaparecer em 20 anos, como modelos (98% de chance), assistente de contabilidade (97%), operador de máquinas na indústria (97%), bibliotecários (96%) e caixas de banco (95%).
E aquelas com menos chance de desaparecer são psicologia, assistentes sociais, especialistas em biologia, química e agricultura (3%), pastores (2,5%), CEO (1,5%) e políticos (1,2%).
“Tem máquinas que conseguem fazer aquilo que os humanos conseguem fazer, mais rápido e melhor. Precisamos nos levantar e usá-las em favor do poder da educação”, completa Wolfram. “Precisamos trabalhar com elas, e não competir”.
O jornalista viajou a convite da Ericsson.
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Show room da Volvo com novos carros totalmente conectados
Foto: Henrique Medeiros
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Ericsson Studio recebeu o primeiro evento da companhia que discute o futuro da tenologia
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Casa com modelos de conexão do Ericsson Studio
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Entrada do Ericsson Studio
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Modelo de centro de controle da Ericsson
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Câmera 3D ligada a TV sem necessidade de óculos para visualizar os efeitos
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TV totalmente conectada à rede com tablet, celular e webcam
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Cartão de visitas com conexão de internet
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Mesma conexão sendo usada em copos de café e para entrega de produtos
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Exemplo de conexões também nos esportes
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Tela de apresentação do Ericsson Businness Innovation Forum
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Presidnte da Câmara de Comércio de Estocolmo, Maria Rankka
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Chefe da pesquisa do Ericsson ConsumerLab, Michael Björn
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Rankka e Björn respondem a questões ao lado de Rima Qureshi, vice-presidente da Ericsson
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"Quando usamos a internet, nós a usamos para um monte de informação. Quanto mais informação nós temos, melhor tomamos nossas decisões", diz Michael Björn
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Exemplo de novidades na televisão pela Ericsson. Pessoas podem se conectar em um serviço sob demanda da web e ter registrado seus gostos de programas e filmes
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Na TV, ainda é possível ver filmes e programas simultaneamente
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Sistema permite procurar filmes e atores na rede
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O filme localizado ainda pode ser mudado para rodar do tablet para a TV e vice-versa
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Eva Hamilton, presidente da SVT, apresenta sua visão sobre o mercado de mídia e TV
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Eva ao lado de Niklas Rönnblom, executivo de pesquisas do Ericsson
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Em resumo: "livrem-se do papel e comecem a escrever notícias locais, a CNN e a FOX não vêm até a sua cidade cobrir a prefeitura", diz Eva
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Volvo V60, totalmente conectado e híbrido
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Volvo XC60, também um dos novos carros conectados
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O Volvo V60 tem motor elétrico
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O Volvo XC60 possui uma edição especial da Volvo Ocean Racing, torneio de navegação ao redor do mundo
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Charlotta Sund, diretora da Europa do Norte e Ásia para a Ericsson: "estamos trabalhando com mobilidade e tecnologia; hoje, não existe nada mais móvel que o carro"
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Erramos no passado ao tentar fazer o 3,5G. Vamos fazer o 5G direto, afirma Ewaldsson
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Para Sara Mazur, Brasil não está atrasado com o 5G
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O uso de dados superará a voz, que era o principal produto da comunicação, aponta o presidente da Ericsson, Hans Vestberg
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Evento Ericsson Business Innovation Forum durante o segundo dia, na última quinta-feira
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Um terço do mercado nos Estados Unidos abrange pessoas de 29 a 40 anos de idade, diz Rebecca Angstrong
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Devemos reconhecer e perceber as tecnologias que temos. As escolas devem dar essas ferramentas aos seus estudantes, afirma Jan Gullisken
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Não é justo. Em média, 21 mil vidas inteiras são usadas para ensinar matemática, diz Conrad Wolfram
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Nova versão do game da King, Candy Crash Soda
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Hoje, 700 milhões de pessoas no mundo todo jogam games produzidos na Suécia, afirma Per Strömbäck
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Nós fizemos em 83 jogos e apenas um se tornou um sucesso, diz Almbecker em conversa com jornalistas