Em um ataque ocorrido na tarde de 17 de setembro de 2024, uma série de explosões quase simultâneas de pagers causou a morte de nove pessoas e deixou mais de 2.800 feridos no Líbano.
O ataque atingiu principalmente áreas do sul do país, o Vale do Bekaa e o subúrbio de Dahyeh, em Beirute, com hospitais lutando para lidar com a alta demanda de vítimas.
O que são
Os pagers, ou bipes, são dispositivos eletrônicos usados para receber alertas e mensagens curtas.
Foram desenvolvidos nas décadas de 1950 e 1960 e e tornaram amplamente utilizados na década de 1980 até o final da década de 1990 e início da década de 2000.
Esses aparelhhos estavam sendo usados pelo grupo xiita libanês Hezbollah em vez de smartphones, temendo infiltrações israelenses. A responsabilidade pelo ataque foi atribuída por autoridades libanesas e pelo próprio Hezbollah a Israel, que ainda não se pronunciou sobre o incidente.
Imagens e relatos indicam que os pagers explodiram quase ao mesmo tempo, causando ferimentos graves, incluindo amputações.
Entre as vítimas fatais estão os filhos de dois deputados do Hezbollah e uma criança de oito anos. O Observatório Sírio dos Direitos Humanos também reportou feridos na Síria, onde o Hezbollah também atua.
Analistas sugerem que as explosões podem ter sido causadas por um malware ou por dispositivos contendo pequenas quantidades de explosivo. O Hezbollah prometeu retaliação, enquanto o governo libanês condenou o ataque e prometeu levar o caso ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU)