Apenas dez meses após os Estados Unidos derrubarem o balão espião chinês que poderia ter coletado informações ao passar por locais militares, um avião espacial ultrassecreto chinês foi lançado em órbita, em 14/12, e observadores identificaram a emissão de fortes sinais sobre a América do Norte.
Após atingir a órbita da Terra, a nave apelidada de Shenlong (espírito de dragão) liberou seis objetos misteriosos, que são rastreados pela Força Espacial dos Estados Unidos.
Segundo o astrônomo amador Scott Tilley, que tem investigado o avião, os sinais miram uma estação terrestre ou barco perto da Colúmbia Britânica, no Canadá, onde mora.
Tilley e um grupo na Suíça especializado em vigilância espacial de banda ótica acompanham a ação e o Departamento de Defesa dos EUA nomeou os seis objetos liberados de Objeto A a F.
Para os observadores, o comportamento deles é diferente de missões anteriores e, por isso, precisam ser observados com atenção.
O avião espacial indicado como Objeto A sugere a emissão de sinais. Também os objetos D e E foram examinados com emissão de sinais por um observador na Austrália.
A imprensa chinesa escreveu que o propósito do avião espacial é fornecer "apoio técnico para o uso pacífico do espaço", embora os detalhes estejam em segredo.
O avião espacial da China foi lançado um dia depois que os EUA foram forçados a cancelar o voo de seu avião "espião".
"Provavelmente não é coincidência que eles estejam tentando nos igualar em tempo e sequência", disse o general Chance Saltzman, chefe de operações espaciais da Força Espacial, na Conferência Spacepower da entidade, em Orlando (EUA).
Segundo Saltzman, a sofisticação das naves espiãs orbitais não tripuladas e reutilizáveis oferecem maior segurança operacional do que os satélites espiões.
"A capacidade de colocar algo em órbita, fazer algumas coisas, trazer para casa e dar uma olhada nos resultados é poderosa", diz.
Esta é a terceira missão do avião espacial chinês Shenlong. Seus dois voos anteriores (setembro de 2020 e agosto de 2022) duraram dois dias e nove meses, respectivamente. Existem poucos detalhes confirmados sobre a nave e não se sabe qual será a duração da missão atual.