Estudo revela relações familiares e sacrifícios em tumbas no Peru

Cientistas encontraram novas práticas rituais e a importância do parentesco na elite Moche, com sacrifícios humanos

30 dez 2024 - 05h00
Resumo
Equipe de cientistas descobriu pistas sobre sociedade Moche no Peru após análise de tumba de 1.500 anos.
Huaca Cao Viejo
Huaca Cao Viejo
Foto: wikimedia commons

Uma equipe de cientísticas descobriu outras pistas sobre a complexa sociedade Moche, no Peru, após análise uma tumba de 1.500 anos no templo Huaca Cao Viejo, no Peru. A pesquisa foi publicada na revisa científica Proceedings of the National Academy of Sciences.

O estudo dentificou relações familiares entre os sepultados, incluindo a famosa Señora de Cao, uma das líderes Moche, e indivíduos intimamente relacionados a ela, como irmãos, sobrinhas e filhos.

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Esse achado é o primeiro a confirmar o papel central do parentesco nas práticas funerárias e políticas da elite Moche, destacando a importância da família na manutenção do status e do poder.

Pesquisa

Usando métodos genômicos e isotópicos, os cientistas reconstruíram uma árvore genealógica abrangendo pelo menos quatro gerações, revelando que todos os seis indivíduos sepultados juntos eram biologicamente relacionados.

As descobertas mostraram o sacrifício de jovens próximos à Señora de Cao, o que sugere um tipo de ritual nunca documentado antes.

Esses jovens foram sacrificados e enterrados junto aos parentes, ressaltando a importância do sacrifício humano no fortalecimento dos laços familiares e na conexão com os ancestrais e o divino.

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A análise isotópica também indicou que os jovens sacrificados tinham dietas e origens geográficas diferentes dos outros sepultados, o que sugere que esses rituais poderiam envolver indivíduos de fora da região local.

Este estudo fornece insights valiosos sobre a organização social Moche, mostrando como o parentesco era essencial não apenas nas práticas políticas, mas também nos rituais religiosos, reforçando a ligação entre as elites, seus ancestrais e o poder divino.

Fonte: Redação Byte
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