O Google está removendo apenas na Europa os resultados de buscas de sites quando indivíduos evocam o "direito de ser esquecido". Isto contraria as diretrizes dos reguladores europeus, mas a companhia revisar essa abordagem em breve, disse o diretor jurídico do Google nesta segunda-feira.
A questão é: qual o escopo da aplicação do chamado direito de ser esquecido?
Este direito foi foco dos reguladores da privacidade europeus desde que, a principal Corte do continente decidiu em maio que: os indivíduos poderiam pedir a remoção de resultados das buscas que forem considerados "inadequados, irrelevantes ou não mais relevantes".
O Google argumentou diversas vezes. Para o gigante da tecnologia mundial, a decisão deveria ser aplicada apenas a sites europeus, como o Google.de (Alemanha) ou o Google.fr (França).
Mas, um grupo de reguladores da privacidade de países da União Europeia concluiu em novembro que, o Google deveria adotar a abordagem mundialmente devido à facilidade de acesso de um domínio global como o Google.com.
David Drummond, diretor jurídico do Google, disse que a abordagem da gigante da internet não mudou desde novembro e irá revisá-la quando um grupo de especialistas publicar um relatório sobre o julgamento do ano passado, o que está previsto para ocorrer no fim deste mês.
"Tivemos uma abordagem básica, a seguimos, fizemos remoções devido a essa questão na Europa, mas não além", disse Drummond, em evento na cidade de Bruxelas na última segunda-feira.
Entre setembro e novembro, um conselho de assessoria, incluindo um ex-ministro da Justiça alemão e o fundador da Wikipedia, Jimmy Wales, realizaram audiências públicas por toda a Europa para debater o equilíbrio entre privacidade e o fluxo livre de informações.
É esperado que seja publicado um relatório com suas conclusões no fim de janeiro para ajudar a informar o Google sobre a aplicação da lei.
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