Fóssil de lagarto marinho de um metro e meio pode mudar árvore genealógica dos répteis

O Prosaurosphargis yingzishanensis tinha uma armadura óssea que pode redefinir ancestralidade de animais marinhos "blindados"

28 ago 2023 - 18h02
(atualizado às 18h07)
O Prosaurosphargis yingzishanensis crescia até cerca de 1,5 metro de comprimento
O Prosaurosphargis yingzishanensis crescia até cerca de 1,5 metro de comprimento
Foto: Wolniewicz et al./eLife

Cientistas descobriram uma nova espécie extinta de réptil marinho que viveu há cerca de 250 milhões de anos na região sul da China. O Prosaurosphargis yingzishanensis tinha uma armadura óssea que pode redefinir a árvore genealógica dos répteis marinhos "blindados", segundo os pesquisadores.

A pesquisa foi publicada no início de agosto no periódico Evolutionary Biology. 

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O P. yingzishanensis pertence à família Saurosphargidae, um grupo de répteis marinhos que possuíam osteodermos, escamas e placas ósseas encontradas alguns tipos de dinossauros e em muitos répteis atuais.

O novo animal tem algumas características similares à dos Sauropterygia, família "irmã" dos Saurosphargidae, que engloba tartarugas e os plesiossauros. Assim, os pesquisadores sugerem que ao invés de um grau de irmandade, a família dos Saurosphargidae seja na verdade um subgrupo dos Sauropterygia.

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O P. yingzishanensis media aproximadamente 1,5 metro de comprimento e possuía costelas alargadas. O estudo afirma que o animal provavelmente era um dos maiores répteis marinhos de seu ecossistema.

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Os autores do estudo propõem que os Saurosphargidae sejam reclassificados como um subgrupo de Sauropterygia. Além disso, acreditam que os Sauropterygia e outros grupos de répteis marinhos, como os icitiosauromorfos (que incluem icitiossauros e talatossauros), podem estar mais relacionados ao clado Archelosauria, um grupo que engloba tartarugas vivas e extintas, assim como crocodilianos e aves.

A diversidade de "armaduras" corporais em todos esses grupos, exceto as aves, também sugere que o revestimento ósseo desempenhava um papel fundamental na adaptação a habitats de águas rasas.

Além de proteger contra predadores, tais estruturas ósseas podem ter permitido que os répteis marinhos se afundassem até onde a maioria de suas presas seria encontrada.

Os pesquisadores estão otimistas de que a região onde o fóssil do P. yingzishanensis foi descoberto revelará mais espécies antigas que podem preencher as lacunas na história evolutiva desses grupos de répteis marinhos.

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Fonte: Redação Byte
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