Fóssil mais antigo que os dinossauros é encontrado no Rio Grande do Sul

Os restos de um réptil que viveu antes da era dos dinossauros na região do RS foram doados à Universidade Federal de Santa Maria

3 jul 2024 - 12h39
Ilustração dos “Parvosuchus aurelioi” disputando restos de alimentos
Ilustração dos “Parvosuchus aurelioi” disputando restos de alimentos
Foto: Ilustração: Matheus Fernandes Gadelha

Fósseis de um réptil de 237 milhões de anos foi encontrado por um médico na cidade Paraíso do Sul, no Rio Grande do Sul. A espécie viva na Terra antes da era dos dinossauros, presentes há 230 milhões de anos.

Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) relataram, em publicação feita para a revista Scientific Reports, que a espécie circulava na região onde hoje fica o estado do RS antes da era dos dinossauros.

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O grupo do animal se chama Gracilissuquideos e até então, não tinha nenhum registro em solo brasileiro.

Rodrigo Müller, paleontólogo da UFSM e líder do estudo afirma que esse grupo não é um ancestral direto dos jacarés e crocodilos, porém, estão na mesma árvore evolutiva.

À Agência Estado, o pesquisador afirma que ao contrário da espécie descoberta, a maioria dos animais dessa linhagem são animais de grande porte. Nomeado Parvosuchus aurelioi, a espécie possuia aproximadamente um metro de comprimento e pesavam entre 4 e 8 kg.

De acordo com o estudo, os dentes do animal tinham formato de um punhal, o que indica que era carnívoro. Além disso, seu tamanho sugere que ele caçava presas pequenas.

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Outro ponto feito pelos pesquisadores é que até então, nenhum animal carnívoro dessa linhagem já registrado era tão pequeno.

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Sobre o achado

O nome da espécie foi uma homenagem ao médico Pedro Aurélio, que encontrou as evidências. Aurélio é um entusiasta da paleontologia, mas não atua profissionalmente na área. Ao encontrar o fóssil, em Paraíso do Sul, cidade próxima a Santa Maria, ele o doou à universidade.

O fóssil foi recebido em janeiro deste ano, com outros materiais. O pesquisador afirma que era possível notar que havia vértebras dos ossos da coluna. O crânio do animal estava presente também, o que abre a oportunidade de descobrir diversas informações sobre a anatomia do animal. 

Esse tipo de achado é bastante incomum, de acordo com Müller.

A espécie é a quarta desse grupo a ser encontrado globalmente. Outras duas foram achadas na China e na Argentina.

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Fonte: Redação Byte
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