Fungo mata morcegos, aumenta uso de pesticidas e coloca bebês em risco nos EUA; entenda

O estudo estima que mais de 1.000 bebês morreram em decorrência desse problema

20 set 2024 - 15h34
O morcego pescador habita principalmente áreas de bacias hidrográficas, desde o México até a Argentina, no continente americano. Sobrevoa a água para capturar peixes durante a noite, principalmente sardinhas e manjubas. Também come crustáceos (camarões e siris). E insetos (mariposas e besouros).
O morcego pescador habita principalmente áreas de bacias hidrográficas, desde o México até a Argentina, no continente americano. Sobrevoa a água para capturar peixes durante a noite, principalmente sardinhas e manjubas. Também come crustáceos (camarões e siris). E insetos (mariposas e besouros).
Foto: reprodução de vídeo NatGeo / Flipar

Um estudo recente da Universidade de Chicago revelou que um fungo tem dizimado populações de morcegos na América do Norte.

A pesquisa, publicada na revista Science, demonstra que o declínio desses mamíferos, causada pela Síndrome do Nariz Branco, levou a um aumento significativo no uso de pesticidas por parte dos agricultores.

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Com a ausência dos morcegos, que atuam como controladores naturais de pragas, os agricultores se viram obrigados a recorrer a pesticidas químicos para proteger plantações.

Esse aumento no uso de agrotóxicos, por sua vez, está diretamente ligado a um aumento de 8% na taxa de mortalidade infantil. O estudo estima que mais de 1.000 bebês morreram em decorrência desse efeito dominó.

Consequências

Além das graves consequências para a saúde humana, o aumento do uso de pesticidas também gerou um impacto econômico significativo.

A qualidade das colheitas diminuiu e os agricultores perderam cerca de US$ 26,9 bilhões em receitas (R$ 148,28 bilhões). Considerando as perdas causadas pela mortalidade infantil, o custo total para a sociedade chega a cerca de US$ 39,6 bilhões (R$ 218,28 bilhões).

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Os resultados da pesquisa evidenciam a importância dos morcegos para os ecossistemas e para a saúde humana.

Ao atuarem como controladores naturais de pragas, esses animais proporcionam serviços ecossistêmicos essenciais, como a proteção das culturas e a redução da necessidade de utilizar produtos químicos nocivos.

Fonte: Redação Byte
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