Causando ondas enormes e ventos devastadores, o furacão Beryl atingiu a categoria 5 — o máximo da escala Saffir-Simpson dos furacões — ao passar pelo Caribe. Agora, meteorologistas afirmam que o fenômeno se deslocará para a Jamaica e o México.
Segundo especialistas, Beryl se transformou em um furacão de categoria 5 da forma mais precoce já ocorrida no Atlântico desde o começo dos registros feitos pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), órgão dos Estados Unidos.
O fenômeno foi considerado "potencialmente catastrófico” com ventos máximos de 260 km/h, informou o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC).
“O Beryl deve continuar sendo um furacão extremamente perigoso à medida que seu núcleo se desloca pelas Ilhas Windward em direção ao leste do Caribe”, alertou o NHC.
As ilhas Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas e Granada estão sob alerta de furacão, e um alerta de tempestade tropical está em vigor na Martinica, Dominica e Trinidad.
De acordo com o portal MetSul Meteorologia, nas duas ilhas que compõem Trinidad e Tobago, os alertas de tempestade tropical e furacão foram lançados respectivamente.
Em Tobago, a menor das duas ilhas, foi declarado estado de emergência e as escolas foram fechadas “até novo aviso”, segundo o chefe do governo da ilha, Farley Augustine. Uma reunião esta semana em Granada.
Antes de Beryl, o furacão categoria 5 mais precoce no Atlântico tinha sido Emily, que atingiu o máximo da escala de furacões às 21h (hora de Brasília) de 16 de julho de 2005, ano de temporada hiperativa no Atlântico.
Tempestade incomum
Especialistas afirmam que uma tempestade tão poderosa no início da temporada de furacões é extremamente incomum. O período de furacões geralmente ocorre do início de junho ao final de novembro no Oceano Atlântico.
“Apenas cinco grandes furacões (categoria 3 ou mais) foram registados no Atlântico antes da primeira semana de julho”, escreveu o especialista Michael Lowry nas redes sociais.
A expectativa é de que Beryl avance para o Sul da Jamaica e depois para o estado mexicano de Quintana Roo, onde estão localizados os balneários de Cancún e da Riviera Maya.
“Estamos aguardando a Proteção Civil, o Ministério da Defesa e a Marinha (…) observando toda a trajetória”, disse o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, em entrevista à imprensa em Cancún.