Furacão Ian foi elevado à categoria 4; entenda como fenômeno é medido

Fenômeno que se aproxima da Flórida não é incomum nessa região devido à temperatura do oceano e à direção dos ventos

28 set 2022 - 12h02
O furacão Ian foi elevado à categoria 4 após passagem por Cuba
O furacão Ian foi elevado à categoria 4 após passagem por Cuba
Foto: NOAA / BBC News Brasil

O furacão Ian atingiu Cuba nesta terça-feira (27), deixando uma pessoa morta devido ao desabamento de sua casa, além de ter causado um apagão elétrico no país. A caminho do estado norte-americano da Flórida, o furacão foi elevado da categoria 3 para a 4 nesta quarta (28), com ventos de até 220 km/h, de acordo com o Centro Nacional de Furacões dos EUA.

A Escala Saffir-Simpson é o padrão utilizado para medir a intensidade de furacões. Ela tem cinco categorias, definidas a partir da velocidade dos ventos e dos possíveis danos que podem causar. Se a velocidade dos ventos estiver entre 63 km/h e 118 km/h, o fenômeno é considerado uma tempestade tropical. A partir dos 119 km/h, é considerado um furacão.

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A categoria 3 (intensidade do furacão Ian enquanto passava por Cuba) corresponde a ventos de 178 km/h a 208 km/h. Segundo o National Hurricane Center, prejuízos ao fornecimento de energia elétrica e água são esperados durante furacões dessa categoria, além de danos extensivos a construções.

Já a categoria 4, para a qual o Ian foi elevado, tem ventos entre 209 km/h e 251 km/h. Para essa intensidade, o NHC espera queda de energia, danos estruturais significativos e inundações.

A categoria 5, a mais elevada, tem ventos a partir de 252 km/h e tem potencial de causar danos catastróficos. Foi o caso do furacão Katrina, que atingiu a Flórida em 2005 e causou mais de 1,8 mil mortes.

Por que furacões são frequentes nessas regiões?

Furacão é o nome dado aos ciclones formados no Atlântico norte e no nordeste do Pacífico. Essas tempestades têm origem em oceanos de água mais quente (geralmente, acima dos 26ºC), em regiões próximas à linha do Equador. Portanto, são tempestades tropicais, ou seja, próximas aos trópicos.

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O Golfo do México, o Caribe e parte da costa sul dos Estados Unidos são regiões mais suscetíveis aos furacões devido a dois fatores. O primeiro é a temperatura do oceano Atlântico nas latitudes tropicais, que é mais propensa à formação de furacões durante um período maior do ano.

O segundo é a direção dos ventos que deslocam os furacões. Os ventos alísios, das latitudes baixas tropicais, se movimentam de sentido leste a oeste, o que favorece que os furacões sejam “empurrados” para essas regiões.

Como são decididos os nomes dos furacões?

O NHC criou uma lista de nomes para as tempestades tropicais do Atlântico em 1953, que é atualizada periodicamente desde então. Os nomes são humanos, e não técnicos, para que sejam mais fáceis de serem lembrados e divulgados durante alertas.

Anualmente, as listas são organizadas de acordo com cada região (os nomes para as tempestades do Atlântico são diferentes daqueles do Pacífico), em ordem alfabética e alternando nomes masculinos e femininos. Todas as tempestades tropicais recebem nomes, mas nem todas se tornam conhecidas, uma vez que nem todas se tornam furacões.

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Em 2017, por exemplo, as tempestades do Atlântico foram Arlene, Bret, Cindy, Don, Emily, Franklin, Gert, Harvey, Irma, Jose e Katia.

As listas são reutilizadas a cada seis anos. É por isso que o furacão Katia, de 2017, leva o mesmo nome do ciclone que aconteceu em 2011. Furacões muito devastadores, no entanto, não têm o nome reciclado. Katrina, por exemplo, é um nome “aposentado”.

Artemis I adiada devido a furacão Ian

A missão Artemis I, da Nasa, foi adiada pela terceira vez — agora, devido à passagem do furacão Ian. O lançamento do foguete estava previsto para esta terça-feira (27) no Centro Espacial Kennedy, localizado na Flórida. Ele ficará armazenado em um galpão até novembro, quando está agendada a próxima tentativa.

Fonte: Redação Byte
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