O Google e outras empresas de Internet estão enfrentando um dilema sobre como atingirão um equilíbrio entre privacidade e liberdade de informação, enquanto o maior mecanismo de busca online tomou os primeiros passos para cumprir uma decisão judicial da União Europeia sobre privacidade.
O Google teve que correr para criar um formulário online que irá permitir que cidadãos europeus entrem com pedidos para tirar do ar links com informações obsoletas -- sua primeira resposta à decisão da maior corte europeia sobre o "direito de ser esquecido".
A decisão de 13 de maio se baseia em uma lei europeia de 1995 sobre proteção de dados e ordenou que o Google removesse links de uma notícia de jornal de 1998 sobre a retomada da casa de um espanhol.
Isso coloca o Google e outras companhias de Internet na posição de ter de interpretar o amplo critério adotado pela corte para informações consideradas "inadequadas, irrelevantes ou não mais relevantes", assim como desenvolver critérios para distinguir entre figuras públicas e indivíduos comuns.
Depois de publicar o formulário online no início desta sexta-feira, o Google recebeu 12 mil pedidos na Europa, informou a companhia.
"A decisão da corte faz com que o Google tenha que realizar julgamentos difíceis sobre o direito individual de ser esquecido e o direito do público de saber", disse um porta-voz da empresa.
Na semana que vem, autoridades da União Europeia irão discutir as implicações da decisão em um encontro de dois dias.
(Por Julia Fioretti)