Governo Bolsonaro avança para 'acabar' com a tomada de três pinos

'A sociedade brasileira, com toda legitimidade, rejeitou a tomada de três pinos', disse o secretário...

18 jun 2019 - 19h26
(atualizado às 19h32)

O presidente Jair Bolsonaro já havia indicado no dia 6 de abril que seu governo teria que livrar o Brasil "da tomada de três pinos, das urnas eletrônicas inauditáveis e do acordo ortográfico". Agora, a chamada de "tomada do PT" pelo próprio governo, vê uma redução de uso mais próxima: uma norma para revogar o uso compulsório está sendo preparada.

Foto: TecMundo

"A sociedade brasileira, com toda legitimidade, rejeitou a tomada de três pinos", afirma o secretário especial de Produtividade e Competitividade, Carlos Alexandre da Costa, segundo o Valor. O secretário adiciona que este padrão de tomada, obrigatório desde 2011, é uma "excrescência": "Não é só um tema técnico. É um tema que afeta a segurança, a concorrência e a produtividade".

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De acordo com Valor, contudo, fontes afirmam que uma manifestação do Inmetro sobre o assunto, após pedido feito pelo próprio secretário Costa, foi desfavorável a mais uma substituição de tomadas nas casas e estabelecimentos brasileiros, além de produtos que circulam no mercado.

O relatório desfavorável a mudança teria sido feita por Ângela Flores Furtado, presidente do Inmetro. Ao apresentar o parecer, no gabinete de Costa no Ministério da Economia, Ângela ainda teria recebido "uma bronca forte a ponto de ter sido percebida nas salas vizinhas", diz o Valor.

Após a bronca, o Inmetro assinou nota técnica ratificando a segurança do padrão brasileiro, mas que considera "tecnicamente viável a disponibilidade de outro padrão internacional de tomada". Em nota de assessoria, Ângela disse: "Hoje existem no mundo 110 diferentes configurações de padrões adotados. Flexibilizar a adoção de outro padrão de tomada preferido pelo consumidor, de acordo com a melhor aderência aos plugues de seus equipamentos eletroeletrônicos, pode ser considerado".

Sobre este caso em específico, Costa afirma que não houve mal-estar com a presidência do Inmetro: "O que temos é um debate saudável".

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