Groenlândia já foi verde e pode voltar a ser, alerta estudo

Pesquisa indica que a ilha esteve livre de gelo por longos períodos nos últimos 2 milhões de anos

6 ago 2024 - 14h53
(atualizado às 14h59)
Resumo
Um novo estudo mostrou que a Groenlândia já foi um terreno verde e habitável, destacando a sensibilidade da camada de gelo ao aquecimento global.
Foto: José Brown

Um novo estudo, publicado na última segunda-feira (5), na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, mostrou que a Groenlândia, atualmente coberta por uma espessa camada de gelo, já foi um terreno verde e habitável no passado.

A pesquisa, baseada na análise de fósseis de plantas e insetos encontrados em um núcleo de gelo, indica que a ilha esteve livre de gelo por longos períodos nos últimos 2 milhões de anos.

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Cientistas encontraram evidências de um ecossistema complexo, com a presença de papoulas, musgo, insetos e até mesmo madeira de salgueiro, sugerindo que o clima da região não era muito mais quente do que o de hoje na época desse último degelo.

Pesquisa

A descoberta tem implicações importantes para o entendimento das mudanças climáticas atuais e o futuro do planeta.

De acordo com os pesquisadores, a pesquisa reforça a hipótese de que a camada de gelo da Groenlândia é mais sensível ao aquecimento global do que se pensava anteriormente.

As estimativas são de que se a ilha perder todo o seu gelo, o nível do mar global pode subir em até 7,3 metros, com consequências devastadoras para as áreas costeiras ao redor do mundo.

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"Este novo estudo confirma e amplia que grande parte da elevação do nível do mar ocorreu em uma época em que as causas do aquecimento não eram especialmente extremas", afirma Richard Alley, geocientista da Penn State que revisou a pesquisa. "É um aviso sobre os danos que podemos causar se continuarmos a aquecer o clima", continuou em um comunicado à imprensa.

A análise também levanta questões sobre a precisão dos modelos climáticos atuais, que podem subestimar a rapidez com que a Groenlândia pode perder massa de gelo em um futuro mais quente.

Os cientistas alertam que é fundamental reduzir as emissões de gases do efeito estufa para limitar o aquecimento global e evitar as piores consequências das mudanças climáticas.

Fonte: Redação Byte
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