Hackers chineses passam a ter como alvo especialistas dos EUA em Iraque

8 jul 2014 - 09h11

Um sofisticado grupo de hackers supostamente associado ao governo chinês, que durante anos teve como alvo especialistas norte-americanos em assuntos geopolíticos asiáticos, subitamente começou a invadir computadores de especialistas em Iraque à medida que a rebelião no país se intensificou, disse uma empresa de segurança na segunda-feira.

A CrowdStrike afirmou que o grupo é um dos mais sofisticados dos 30 rastreados pela companhia na China, e que suas operações são mais bem escondidas do que muitas atribuídas a unidades militares e do governo.

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O cofundador da CrowdStrike Dmitri Alperovitch disse ter "muita confiança" que os hackers são afiliados ao governo, embora tenha se recusado a fornecer detalhes sobre o assunto.

O Ministério de Relações Exteriores da China repetiu que o governo se opõe a ataques eletrônicos e descartou o relato da empresa.

"Algumas empresas norte-americanas de segurança de Internet ignoram a ameaça dos EUA à Internet e constantemente se referem à chamada ameaça chinesa à Internet. As evidências que produzem são fundamentalmente não confiáveis e não merecem comentários", disse o porta-voz Hong Lei em uma coletiva diária em Pequim.

A CrowdStrike tem ex-oficiais do governo norte-americano em sua equipe e já produziu relatórios influentes sobre grupos de hackers estrangeiros.

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Os Estados Unidos vão pressionar a China para a retomada de cooperação no combate à espionagem eletrônica, disse uma autoridade dos Estados Unidos nesta terça-feira antes de conversas anuais entre as duas maiores economias do mundo nesta semana em Pequim.

(Por Joseph Menn)

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