Iluminação, tomadas e cortina: Veja como automatizar sua casa de forma simples e futurista

Com os dispositivos certos, é possível sincronizar aparelhos e programar limpeza, iluminação e segurança em casa

22 nov 2024 - 09h10

É padrão em filmes de Hollywood: ao entrar em casa, todas as luzes se acendem, o ar-condicionado liga na temperatura certa, o sound bar toca uma música ambiente e a televisão exibe fotos de alguma montanha na Suíça. Esse é o cenário perfeito para quem sonha com uma smart home. A boa notícia? Já é possível chegar perto dessa realidade com bom planejamento e os dispositivos certos.

Vários dispositivos podem ser integrados à assistente virtual Alexa, da Amazon
Vários dispositivos podem ser integrados à assistente virtual Alexa, da Amazon
Foto: Felipe Rau/Estadão / Estadão

Para conseguir que todos os equipamentos interajam entre si e resultem em uma sincronia fina entre tecnologia e cotidiano com segurança de dados, o Estadão consultou especialistas a fim de saber o que comprar na hora de automatizar uma residência.

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Que haja luz

Começar pelas lâmpadas é o jeito mais fácil de unir preço e utilidade, segundo Rafael Alves, professor de tecnologia e ciência da computação da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

Desse modo, é possível instalar um disjuntor inteligente ou mesmo uma lâmpada de conexão wifi e ter o liga e desliga pelo celular ou voz. O primeiro tem instalação mais rústica, mas compensa se for configurado para controlar mais de um dispositivo ou até mesmo um circuito inteiro. "Tem uns [disjuntores inteligentes] mais caros que você consegue, inclusive, ver os parâmetros de energia", diz Alves.

"A lâmpada, você simplesmente conecta no wifi, instala o aplicativo da fabricante e já consegue controlar. Dependendo da lâmpada dá para mudar a intensidade, mudar a cor e ter um grau de automação".

No varejo online, os disjuntores inteligentes - ou disjuntores wifi - custam de R$ 60 a R$ 150, enquanto as lâmpadas de R$ 40 a R$ 110.

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Como faz para sincronizar tudo?

Os "assistentes domésticos" são sistemas que funcionam como hub de comunicação entre todos os dispositivos. Os mais famosos são o SmartThings, da Samsung; o Apple HomeKit, da Apple; e a Alexa, da Amazon. É nesse ecossistema onde a conexão dos equipamentos acontece, mesmo que eles sejam de fabricantes diferentes - situação importante no uso, por exemplo, de aspiradores de pó inteligentes, que não são desenvolvidos pelas mesmas proprietárias.

"É possível definir uma série de automações para trazer comodidade", explica Alves. "O app da Alexa detecta quando não tem nenhum celular conectado na rede wifi de casa e desliga todos os aparelhos eletrônicos, por exemplo".

Além do acesso a esse ecossistema via aplicativo no celular, é comum integrá-lo aos aparelhos de comando de voz, como o Amazon Echo Dots, o Google Nest Mini e o Apple HomePod Mini, que variam entre R$ 300 e 1 mil.

Para transformar dispositivos analógicos em smart

Instalações simples podem trazer mais comodidade e segurança em itens de casa. Por exemplo: já existem kits para automatização de persianas, diz Alvez. Nesse caso, um motor é embutido na estrutura da persiana e controlado por um controle de radiofrequência ou pelo celular e pelo hub de automação.

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Microcontroladores programados para funções específicas podem evitar acidentes, como detectar o vazamento de gás do fogão. "Se o sensor de CO2 perceber que o nível de gás está muito forte no ambiente, ele me manda um alerta para o celular", explica. Esses microcontroladores custam, em média, R$ 30, mas precisam de um especialista para serem instalados.

Você sabe o que o seu aspirador de pó está fazendo agora?

Para quem pensa em segurança, é importante estar atento nos dispositivos conectados à internet. Isso inclui os que transformam a casa em smart. Marcos Simplicio, professor e pesquisador no Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores da USP, diz que os aparelhos mais complexos, cheios de funcionalidades, costumam ter mais proteções, principalmente se forem atualizados com regularidade. "As empresas por trás dos assistentes de voz, Amazon e Google, certamente se preocupam com questões de segurança e implementam mecanismos de proteção", diz. "Ao mesmo tempo, quando falhas são descobertas, atualizações do software tendem a mitigá-las, e serem baixadas automaticamente no dispositivo".

De acordo com Simplicio, os ataques, quando acontecem, podem ocorrer pela internet, em redes wifi e bluetooth desprotegidas e, esse menos comum, por celulares e computadores infectados. "Ataques em escala, sem qualquer colaboração dos usuários, costumam vir pela internet mesmo."

É preciso, também, ficar atento às funcionalidades do aparelho. "Câmeras de segurança invadidas podem ser desligadas do nada", afirmou. "Comportamentos estranhos também são causados por falhas de hardware e software. Logo: Não assuma que houve um ataque simplesmente porque seu aparelho está se comportando de forma estranha. Pode ser simplesmente a hora de fazer um reset de fábrica ou trocar de aparelho".

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