Imagem do James Webb revela nuvem escondendo formação de estrela; veja

A nuvem observada é considerada uma protoestrela de classe 0, ou seja, o estágio inicial da formação estelar

17 nov 2022 - 12h12
Protoestrela dentro da nuvem escura L1527, mostrada nesta imagem da câmera de infravermelho próximo do Telescópio Espacial James Webb da Nasa
Protoestrela dentro da nuvem escura L1527, mostrada nesta imagem da câmera de infravermelho próximo do Telescópio Espacial James Webb da Nasa
Foto: NASA, ESA, CSA e STScI. Processamento de imagens: J. DePasquale, A. Pagan e A. Koekemoer (STScI)

A Nasa divulgou, na quarta-feira (16), a mais recente captura do Telescópio Espacial James Webb, uma “ampulheta” cósmica que revelou as características antes ocultas de uma protoestrela dentro de uma nuvem escura chamada L1527, fornecendo informações sobre a formação de uma nova estrela

De acordo com a agência, essas nuvens dentro da região de formação estelar de Taurus são visíveis apenas na luz infravermelha, tornando-se um alvo ideal para a câmera de infravermelho próximo (NIRCam) do James Webb.

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A protoestrela também está escondida dentro do “pescoço” desta forma de ampulheta. Um disco protoplanetário de ponta é visto como uma linha escura no meio do tal pescoço. Na imagem, a luz da protoestrela vaza acima e abaixo do disco, iluminando cavidades dentro do gás e poeira circundantes, dando uma visão deslumbrante do espaço. 

Desvendando a L1527

As características mais predominantes da região, segundo a Nasa, são as nuvens coloridas de azul e laranja, que delineiam cavidades criadas quando o material se afasta da protoestrela e colide com a matéria circundante. 

Neste caso, as próprias cores são devidas a “camadas de poeira” entre o telescópio e as nuvens. As áreas azuis são onde a poeira cósmica é mais fina — quanto mais espessa a camada, menos luz azul consegue escapar, criando bolsões laranja.

Apesar do caos que a L1527 causa, ela tem "apenas" cerca de 100 mil anos — um corpo celeste relativamente jovem. Por conta da sua idade e de seu brilho no infravermelho distante, como observado por missões como o Infrared Astronomical Satellite, a nuvem é considerada uma protoestrela de classe 0, o estágio inicial da formação estelar.

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O obejeto L1527 ainda não gera sua própria energia por meio da fusão nuclear do hidrogênio, uma característica essencial das estrelas. Ainda que sua forma seja principalmente esférica, também é instável, assumindo a forma de um aglomerado de gás pequeno, quente e inchado, algo entre 20% e 40% da massa do nosso Sol.

A Nasa acredita que essa captura da nuvem em forma de ampulheta fornece uma pista sobre como nosso Sol e o Sistema Solar pareciam em sua infância.

Fonte: Redação Byte
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