Cada vez mais disseminadas para o público geral, as ferramentas do ChatGPT continuam a representar estereótipos de gênero, raça, nacionalidade, entre outros, na hora de gerar conteúdo. Na véspera do Dia Internacional das Mulheres, testamos como a inteligência artificial (IA) representa as brasileiras e os resultados você pode conferir a seguir.
Esta foi uma das imagens que recebemos quando pedimos ao programa uma "brasileira típica"
As solicitações foram feitas à versão paga do chatbot, que integra a ferramenta de geração de imagens Dall-E. O resultado traz expressões culturais exageradas e simplistas, além de ideais de padrões de beleza.
Representações estereotipadas no programa de inteligência artificial acontecem há algum tempo. Em janeiro, uma publicação no X (ex-Twitter) viralizou ao mostrar a progressão de retratos de um homem "cada vez mais brasileiro", conforme instruído ao ChatGPT.
A cada 20 likes nesse post eu vou progressivamente mandar a AI tornar esse homem mais brasileiro pic.twitter.com/F9oTxe50oS
— Gustavo (@souljacker) January 10, 2024
O fenômeno é explicado pela falta de diversidade nos conjuntos de dados utilizados para treinar a inteligência artificial, além de estereótipos presentes nos próprios dados existentes.
Empresas de IA de maneira geral, principalmente quando se encontram em polêmicas causadas pela geração de conteúdo ofensivo, afiram que trabalham para abastecer os dados e, assim, evitar clichês. Mas os desafios permanecem, especialmente quando ferramentas são instruídas a retratar grupos específicos.
Decidimos tentar o caminho inverso. O Byte pediu ao ChatGPT para criar "uma mulher brasileira, contrariando máximo de estereótipos possíveis", e o resultado você pode conferir abaixo.
Procuramos a OpenAI para entender quais ações específicas a empresa tem tomado para diminuir vieses do tipo em seus dados. Atualizaremos o texto com as respostas caso a companhia se posicione.