A Amazon revelou seu primeiro chip de computação quântica e afirmou que seu design vai ajudar empresas a construir sistemas de hardware "altamente eficientes". O processador se chama Ocelot, e veio em um momento em que mais empresas de tecnologia destacam seus avanços na computação quântica. O projeto foi liderado pelo brasileiro Fernando Brandão, atual diretor de ciência aplicada da Amazon Web Services (AWS).
Na semana passada, a Microsoft inaugurou sua participação nesse mercado, ao apresentar o Majorana 1. A gigante publicou um artigo na revista Nature onde documentou seu trabalho na área. A Amazon repetiu o gesto.
Especialistas em tecnologia acreditam que os computadores quânticos sejam capazes de resolver problemas que desafiam a computação clássica.
PCs e smartphones realizam cálculos e armazenam dados por meio de bits binários - representados por 0 ou 1 - enquanto na computação quântica, os qubits (ou bits quânticos), podem assumir inúmeros estados entre 0 e 1. Esse fenômeno se chama superposição e aumenta exponencialmente a quantidade de dados que podem ser processados ao mesmo tempo.
Assim como a Microsoft, a gigante de Jeff Bezos produziu seu chip internamente, mas construir um sistema com um milhão de qubits exige a colaboração dos principais fabricantes de semicondutores do mundo. A terceirização para um parceiro não é descartada, embora dependa do avanço da própria Amazon.
Um exemplo da funcionalidade da computação quântica foi apresentada pelo Google em dezembro de 2024. Na ocasião, a gigante afirmou que seu processador, o Willow, é capaz de resolver em cinco minutos um problema matemático que um supercomputador clássico demoraria 10 septilhões de anos.