Amazon anuncia chip quântico próprio com liderança de cientista brasileiro

No caminho da Microsoft e Google, Amazon anuncia processador quântico; brasileiro Fernando Brandão é um dos responsáveis pelo projeto

27 fev 2025 - 12h01
(atualizado às 13h59)
Desenvolvido pela equipe do AWS Center for Quantum Computing do California Institute of Technology
Desenvolvido pela equipe do AWS Center for Quantum Computing do California Institute of Technology
Foto: AWS/Reprodução

A Amazon revelou seu primeiro chip de computação quântica e afirmou que seu design vai ajudar empresas a construir sistemas de hardware "altamente eficientes". O processador se chama Ocelot, e veio em um momento em que mais empresas de tecnologia destacam seus avanços na computação quântica. O projeto foi liderado pelo brasileiro Fernando Brandão, atual diretor de ciência aplicada da Amazon Web Services (AWS).

Na semana passada, a Microsoft inaugurou sua participação nesse mercado, ao apresentar o Majorana 1. A gigante publicou um artigo na revista Nature onde documentou seu trabalho na área. A Amazon repetiu o gesto.

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Especialistas em tecnologia acreditam que os computadores quânticos sejam capazes de resolver problemas que desafiam a computação clássica.

PCs e smartphones realizam cálculos e armazenam dados por meio de bits binários - representados por 0 ou 1 - enquanto na computação quântica, os qubits (ou bits quânticos), podem assumir inúmeros estados entre 0 e 1. Esse fenômeno se chama superposição e aumenta exponencialmente a quantidade de dados que podem ser processados ao mesmo tempo.

Assim como a Microsoft, a gigante de Jeff Bezos produziu seu chip internamente, mas construir um sistema com um milhão de qubits exige a colaboração dos principais fabricantes de semicondutores do mundo. A terceirização para um parceiro não é descartada, embora dependa do avanço da própria Amazon.

Um exemplo da funcionalidade da computação quântica foi apresentada pelo Google em dezembro de 2024. Na ocasião, a gigante afirmou que seu processador, o Willow, é capaz de resolver em cinco minutos um problema matemático que um supercomputador clássico demoraria 10 septilhões de anos.

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