Startup de energia solar Solfácil recebe aporte de R$ 21 milhões

Startup foi criada em 2018 como alternativa na aquisição de equipamentos de energia solar; rodada foi liderada pelo fundo Valor Capital Group

22 jul 2020 - 05h11

A Solfácil, startup de financiamento para energia solar, anuncia nesta quarta-feira, 22, a captação de R$ 21 milhões, aporte liderado pela Valor Capital. Criada em 2018 por Fabio Carrara, a empresa oferece financiamento da instalação de estruturas de energia solar para pessoas físicas, que desejam alternativas na utilização da energia elétrica. O aporte também foi acompanhado por investidores anjos que já tinham investido na empresa.

Com o investimento, a Solfácil já faz planos para investir em tecnologia, expansão comercial e novos produtos, revela Carrara em entrevista ao Estadão. Segundo ele, o foco da startup agora é facilitar a experiência do usuário, desde o acesso ao recurso até a forma como ele pode fazer o parcelamento, por exemplo. Outro plano da empresa é lançar uma linha de financiamento para pequenos e médios empreendedores, além da possibilidade do parcelamento sem juros em alguns casos específicos.

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A startup trabalha, atualmente, com mais de 1 mil parceiros em engenharia de equipamentos de energia solar e funciona 100% online, como uma financiadora terceirizada. Quando o cliente escolhe a fornecedora dos equipamentos, o parceiro o encaminha para o contrato da Solfácil, que oferece parcelamentos em até 10 anos do valor do projeto adquirido.

De acordo com Carrara, o investimento é uma forma de economia e as parcelas podem representar descontos no orçamento do cliente, prevendo até 30% a menos de gastos com energia. A média de um projeto de equipamentos de energia solar fica em cerca de R$ 30 mil reais, com vida útil de mais de 20 anos.

"O retorno do investimento em energia solar é muito alto. O grande problema é que a maioria dos brasileiros não têm poupança para fazer o investimento. Criamos a empresa para ter uma linha de financiamento que permite que as pessoas financiem essa tecnologia sem desembolso nenhum, com economia imediata", afirma.

Olhando para o futuro, os novos produtos anunciados — financiamento sem juros e para pessoas jurídicas — já devem estar disponíveis em setembro deste ano, informou Carrara. Além do aporte, a empresa conta com o crescimento da procura pela energia solar, que tem trazido cada vez mais clientes para a startup: no mês de julho, o crescimento estimado é de 50%.

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"Historicamente, o mercado de energia solar tem crescido por conta do financiamento. O fato das pessoas não terem poupança foi um estresse acentuado pela crise de coronavírus, as pessoas perderam emprego, renda. O coronavírus acentuou a relevância desse tipo de financiamento", explica Carrara.

O crescimento desse setor, mesmo com a crise, foi um dos fatores que levou a Valor Capital, que já investiu em empresas como Stone, Gympass e Loft, a apostar no segmento de energia solar com a Solfácil.

"Estamos animados em apoiar a Solfácil e o seu crescimento sustentável no Brasil, um dos mercados mais atrativos do mundo para energia solar e fintechs. Dada a experiência do time no setor e a resiliência do seu modelo de negócios, é uma oportunidade para reduzir o custo de energia para consumidores e empresas. No Brasil, onde o sol brilha durante o ano todo, a Solfácil tem um mercado fértil para construir um negócio amplamente transformador", afirma Scott Sobel, cofundador da Valor Capital.

*É estagiária, sob supervisão do editor Bruno Capelas

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