A startup de logística Mandaê tem como objetivo otimizar o processo de entrega de empresas, utilizando um sistema de inteligência artificial, que detecta qual a melhor transportadora para o envio de pedidos até a casa dos clientes. Durante a pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2), a companhia teve crescimento de 150% no volume de encomendas em junho deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado.
O fundador da empresa, Marcelo Fujimoto, acredita que a alta no número de encomendas processadas pela Mandaê não foi apenas um reflexo do fechamento do comércio. “Esse crescimento passa também por uma mudança de comportamento”, afirma. “A população teve de adotar o online como sua opção principal de compra.” Durante o primeiro semestre de 2020, a startup otimizou a entrega de 1,5 milhões de produtos, ao passo que durante o ano inteiro de 2019, esse número foi de 2 milhões.
Ao atender mais de 300 empresas com e-commerce, a Mandaê consegue monetizar a partir da coleta de uma parcela do frete pago pelos consumidores finais. A vantagem para os contratantes está na tecnologia utilizada pela startup, conta Fujimoto. “Nós auxiliamos o processo de seleção do transportador, levando em consideração o prazo e destino final”, afirma. “Além disso, também traçamos os melhores caminhos paras as encomendas.”
A ideia de empreender tecnologia no setor de logística e otimizar o processo de entrega de encomendas veio para Fujimoto após sua experiência como dono de um e-commerce de roupas infantis em 2012. Na época, ele percebeu que, durante a etapa de envio do produto, a experiência do consumidor era prejudicada pela quantidade de problemas que os pacotes percorriam no trajeto.
Depois de dois anos trabalhando no e-commerce de roupas infantis, e percebendo uma oportunidade de mercado, Fujimoto decidiu criar a Mandaê. “A encomenda percorre caminhos longos e complexos para chegar na casa dos consumidores”, diz. “Com nosso sistema de inteligência artificial, e nossos algoritmos, otimizamos esse trajeto.” Outra vantagem da tecnologia da startup, afirma, é a diminuição de custos logísticos para as empresas que os contratam.