Startups com CEO’s negros recebem apoio e crescem no mercado

Com inclusão social para população negra, organização BlackRocks Startups alavanca projetos com dificuldade no setor privado no País

14 fev 2019 - 09h16
(atualizado em 15/2/2019 às 10h54)

Além de contribuir para o desenvolvimento de startups, o que já não é uma tarefa fácil, a organização BlackRocks Startups também tem como um de seus objetivos essenciais o investimento em inclusão social para a população negra. Em um dos diversos painéis da Campus Party, evento de tecnologia que ocorre em São Paulo, representantes de duas startups alavancadas por esta iniciativa contaram suas experiências a jovens empreendedores que encontram dificuldades no mercado.

Da esquerda para a direita: o CEO da Inova QA & Serviços, Diego Conrado; a fundadora da BlackRocks, Maitê Lourenço; e o CEO da Juntos Campus, Júlio Cosmo
Da esquerda para a direita: o CEO da Inova QA & Serviços, Diego Conrado; a fundadora da BlackRocks, Maitê Lourenço; e o CEO da Juntos Campus, Júlio Cosmo
Foto: Ricardo Durand

A fundadora e CEO da BlackRocks, Maitê Lourenço, explica que, para participar do programa, não basta a startup ter pelo menos um fundador negro. É preciso demonstrar que possui um produto ou um serviço valioso para o mercado.

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Um exemplo é a startup Juntos Campus, plataforma de IA (Inteligência Artificial) para o desenvolvimento de habilidades humanas em empresas. Formado em ciência da computação e com experiência de quatro anos na NASA (Agência Espacial dos Estados Unidos), o CEO Júlio Cosmo enfrentou obstáculos em seu negócio ao voltar ao Brasil. Com um projeto para melhorar a aprendizagem de alunos brasileiros, ele tentava negócios com o setor público, mas precisou mudar o rumo e tentar a sorte no ambiente privado. Deu certo.

“Pegamos o projeto e adaptamos em outro cenário. É melhor dedicar energia para o privado primeiro, fazendo o dinheiro girar para depois entrar no setor público. E a BlackRocks foi fundamental nesse processo”, lembrou Cosmo, que também fez parceria com a Oracle em 2018.

Campus Party recebe palestra sobre os desafios para a construção de uma startup, com a fundadora e CEO do BlackRocks Startups, Maitê Lourenço. A iniciativa incentiva a população negra a acessar o ecossistema de startups
Foto: Ricardo Durand

Outro convidado para contar sua trajetória foi Diego Conrado, CEO e fundador da startup de testes de software para pequenas e médias empresas chamada Inova QA & Serviços. Com seu projeto incluído no primeiro programa de aceleração da BlackRocks, o consultor de qualidade de software resgata um aspecto fundamental da parceria: um local físico para receber clientes. Além da estrutura em si para reuniões e ampliação dos negócios, a incubação agregou valor à startup.

“No dia a dia, trocamos figurinhas (com outras startups)”, explica Conrado. “Participamos de programas de mentoria de grupo e depois do processo de incubação. Nesse setor, é muito importante ter um endereço”, advertiu.

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A Campus Party acontece até a madrugada do dia 17 de fevereiro, no Expo Center Norte, em São Paulo. São mais de cinco dias ininterruptos com atividades, entre elas 900 palestras em oito palcos diferentes, além de exposições e jogos e desafios interativos para os visitantes.

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Fonte: Redação Terra
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