TikTok bate de frente com Trump e processa governo americano

Após sanções do presidente americano, rede social chinesa afirmou que a ação judicial foi a única forma de proteger sua comunidade

26 ago 2020 - 12h00
(atualizado às 12h20)

O embate entre o governo dos Estados Unidos (EUA) e o aplicativo de vídeos curtos TikTok ganhou mais um capítulo nesta semana. A rede social chinesa, após ter sido alvo de uma ordem executiva de Washington no início deste mês, abriu um processo contra a administração do presidente norte-americano Donald Trump na Suprema Corte dos EUA na última segunda-feira (24/08).

A ação judicial é uma contestação da ByteDance, empresa chinesa controladora do TikTok, que no dia 06 de agosto deste ano foi alvo de uma ordem executiva de Trump. Em sua sanção, o presidente norte-americano proibiu que cidadãos e empresas norte-americanas realizassem transações financeiras para a corporação asiática. Além disso, o texto também deu um prazo de 45 dias para que a rede social vendesse sua operação em solo americano para uma companhia local, caso a plataforma não quisesse ser banida do país.

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TikTok bate de frente com Trump e processa EUA
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Em um comunicado oficial, a rede social afirmou que acionar a justiça americana foi a única forma de proteger sua comunidade de usuários e colaboradores norte-americanos. Além disso, o TikTok também disse que os argumentos de Trump para isolar e banir a sua plataforma dos EUA - de que o aplicativo é uma ameaça à segurança nacional por supostamente ceder informações de americanos para o Partido Comunista Chinês - não possui nenhuma evidência ou embasamento jurídico.

Não é de hoje que a rede social chinesa TikTok tem tido atritos com o governo dos Estados Unidos
Não é de hoje que a rede social chinesa TikTok tem tido atritos com o governo dos Estados Unidos
Foto: Florence Lo/Illustration/File Photo / Reuters

Desde então, o prazo fixado por Washington sofreu uma alteração, em que se somaram mais 45 dias para que a ByteDance e o TikTok resolvam sua vida em território americano. Ao passo que Microsoft, Oracle e Twitter já demonstraram interesse em comprar as operações da plataforma de vídeos curtos, o outro lado não demonstra pretensão de concluir a venda. Isso porque, com 100 milhões de usuários nos EUA, o mercado norte-americano é fundamental para a saúde financeira da rede social chinesa.

Fonte: Redação Terra
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