O Google disse que, daqui há alguns anos, haverá publicidade em qualquer objeto, como termostatos, geladeiras, painéis de carro e relógios. A afirmação de que esses dispositivos poderiam mostrar anúncios e outros conteúdos aparece em um registro na Comissão de Títulos e Câmbios dos Estados Unidos em dezembro de 2013, segundo o jornal The Guardian.
O registro foi repercutido pelo CEO e fundador da Nest, Tony Fadell, que fabrica termostatos controlados pela web e foi comprada pelo Google em janeiro deste ano por US$ 3,2 bilhões. “A Nest funciona independentemente do resto do Google, com um time de gerência, marca e cultura separados. Não temos nada contra anúncios - afinal de contas, a Nest faz muita propaganda. Nós só não achamos que elas são certas para a experiência do usuário da Nest”, comentou.
O Google também afirmou: “A Nest, que adquirimos depois de esse registro ter sido feito, não tem um modelo baseado em publicidade e nunca teve nenhum plano para isso”.
Estratégia
A Comissão de Títulos e Câmbios pressionou o Google a dividir suas fontes de publicidade entre “desktop” e “mobile”, já que investidores suspeitam que os anúncios móveis geram menos receita e interação e que a mudança do uso da internet para celulares pode afetar a receita da empresa.
No registro, o Google disse que colocar celulares e tablets em uma única categoria mobile poderia ser uma maneira enganosa de dividir as fontes, pois o uso de tablets “tem muito mais em comum com desktops do que com celulares”.
A empresa também acredita que os dispositivos inteligentes estão mudando o mercado de publicidade online e já começou a dar seus passos para acompanhar essa tendência. Ela assinou um acordo em janeiro com a Audi, General Motors, Hyundai e Honda para levar o Android aos painéis dos carros, anunciou o sistema operacional para smart watches, além de ter iniciado as vendas do Google Glass para qualquer pessoa nos Estados Unidos.
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