A startup brasileira Hello Universe lança nesta quarta-feira um aplicativo com serviço de tradução simultânea por telefone para atender estrangeiros no Brasil que tenham dificuldades ou estejam em alguma emergência para resolver em inglês, espanhol, francês, italiano ou alemão, em especial àqueles que devem viajar pelo País para assistir a Copa do Mundo.
O aplicativo que também funciona para brasileiros que estão no exterior, foi disponibilizado para Android e em dez dias deverá ter a versão para iOS.
O sistema da companhia conecta estrangeiros com os intérpretes, eles tiram as dúvidas em uma ligação que custa R$ 5 por minuto. A cobrança pode ser feita ao comprar um cartão pré-pago com código de acesso ou baixando o aplicativo para comprar a quantidade de minutos a ser utilizada.
A cofundadora da empresa Cristina Cho deixa claro que o objetivo principal é atender aos turistas que chegam ao País para assistir à Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro em 2016.
“Nosso foco geral é no turista. Mais de oito milhões devem vir ao Brasil para Copa e as Olimpíadas, de acordo com o ministério de Turismo”, disse Cristina. “Nós queremos atingir 40% dessas pessoas”.
Cristina Cho afirma que, em média, cada ligação deve custar ao turista entre US$ 10 e US$ 11 ou o equivalente a R$ 25, de ligações curtas com no máximo cinco minutos. “Nosso objetivo é resolver problemas que surgem em função da barreira de idiomas,” diz a empreendedora.
O sistema possui mais de 200 intérpretes cadastrados. Eles se registram e informam dia e horário que podem receber as ligações. A executiva da Hello Universe afirma que isso é uma metodologia boa para os profissionais de tradução, pois eles atuam como “freelancers” em sua grande maioria e precisam de horários flexíveis.
Modelo de negócios
A empreendedora afirma que, no modelo de negócios da Hello Universe, com incentivo da Wayra (iniciativa global da Telefónica para apoio e promoção de startups), os interpretes são os protagonistas. Ela diz que percebeu que um profissional de tradução indicava outro colega para participar do sistema. Desse modo, a companhia deixa a gestão e a contratação de novos intérpretes por parte de um “coordenador”.
O coordenador recebe uma pequena porcentagem das ligações do grupo, quando as ligações são avaliadas como positivas. Quando os tradutores levam nota baixa, ele é alertado e o grupo pode inclusive ser excluído do sistema. “Nós percebemos que um interprete confia em outro interprete. Com isso, um traz outro e ele monta um grupo”, explica Cristina.