A jornalista, publicitária e apresentadora de TV baiana Rita Batista, que apresentou na televisão as propagandas do candidato do PT à Presidência da República durante o segundo turno das eleições 2018, afirma que foi ameaçada nas redes sociais e sofreu racismo em comentários públicos no Instagram e mensagens privadas. Ela denunciou na rede social o crime, praticado por simpatizantes do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
Em uma postagem feita no final da tarde do domingo de votação, 28, a apresentadora revelou que os comentários já vinham sendo enviados e que um dossiê foi entregue às autoridades policiais para tomar providências. Ela afirma ainda que o fato foi fruto de articulação de um deputado eleito aliado de Bolsonaro.
No print postado por ela, usuários da rede social usam ofensas como "lixo", "fedorenta", "feia" e "pé de chinelo". Outro, identificado como Julio Morbeck Lee, comentou em uma postagem "este tipo de bosta só podia ser esquerdista". Rita foi procurada pelo Estado, mas não respondeu as mensagens até a conclusão desta reportagem. Na postagem que fez, a apresentadora comentou, contudo, os ataques.
"Engana-se muito quem acha que a internet é uma 'terra sem lei'", escreveu ela. "Discordar, debater, ter opinião contrária é da democracia, ofender, destratar, depreciar é para mim, falta de argumento e para a lei, crime. As ameaças de toda ordem, a mim e aos meus, não me acovardam e os pedidos de desculpas no privado não me comovem. O estado democrático de direito é soberano e continuará sendo", concluiu.