Assange acusa o Google de atuar sob os interesses dos EUA

25 set 2014 - 01h38
(atualizado às 09h06)
<p>O Google não vende um produto, as pessoas são seu produto. Parece um organização branda, um pátio de colégio, mas não é, assegurou Assange</p>
O Google não vende um produto, as pessoas são seu produto. Parece um organização branda, um pátio de colégio, mas não é, assegurou Assange
Foto: John Stillwell / Reuters

O fundador do Wikileaks, Julian Assange, criticou o Google e seu ex-presidente, Erich Smichdt, em uma videoconferência nesta quarta-feira com alguns seguidores em Nova York, e acusou a gigante de internet de atuar sob os interesses do governo dos Estados Unidos.

Assange, que anunciou em agosto que "sairia em breve" da embaixada do Equador em Londres, onde se encontra asilado há dois anos, apresentou seu último livro, "When Google Met WikiLeaks", em uma conversa à distância com uma galeria de arte aonde estavam presentes cerca de 100 pessoas.

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O fundador do Wikileaks opinou que os que lhe acusam de ser "paranoico" ou "traidor" têm comportamentos "ridículos", e ironizou as vantagens de encontrar-se em asilo político na embaixada equatoriana no Reino Unido.

"Tenho mais tempo para mim, para pensar e para escrever este livro", brincou.

No entanto, Assange não revelou quando pretende interromper sua estadia na embaixada, e só se limitou a falar do conteúdo de seu livro, no qual acusa o Google de ter se transformado em uma nova forma de "colonização" ao "utilizar a todas as sociedades como seu alvo".

"O Google não vende um produto, as pessoas são seu produto. Parece um organização branda, um pátio de colégio, mas não é", assegurou o jornalista, que considera que a empresa atua sob a influência da Agência de Segurança Nacional (NSA), já que "ordena, indexa e organiza a informação privada das pessoas".

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