Psiquiatras na Singapura pediram para que o governo reconheça formalmente o “vício por internet e aparelhos digitais” como uma síndrome. Segundo a AFP, o país se junta a outros com este problema crescente, como China e a Coreia do Sul. O percentual é preocupante com o acesso às redes sociais, com os habitantes do país asiático acessando o Facebook em média 38 minutos por sessão, quase o dobro dos Estados Unidos, segundo a Experian.
Adrian Wang, um psiquiatra do Gleneagles Medical Center relata que tratou um caso de um jovem de 18 com sintomas causados pelo uso da rede, como stress por ansiedade ao ficar longe de aparelhos digitais e internet. Após o pai cortar o acesso à internet da casa, pelo excesso de uso, o rapaz ficou andando pela vizinhança para pegar sinais de internet wi-fi. O problema não acontece apenas em Cingapura. Uma pesquisa do governo sul-coreano revela que 20% dos adolescentes estão viciados em smartphones. E o canal estatal chinês CCTV indica a existência de 300 centros para tratar o vício da internet, que pode atingir 24 milhões da população jovem do país.
“O vício pela internet é uma síndrome e não está no último manual de psiquiatria. Consta apenas como uma síndrome que deve ser estudada”, diz outra psiquiatra, Tan Hwee Sim. A preocupação é tanta que o governo da Cingapura lançará um programa de educação para as escolas e pais no segundo semestre, com intuito de alertá-los a evitar o uso precoce dos aparelhos digitais entre as crianças.
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