Apesar das poucas alterações no futebol desde 1998, a tecnologia e o setor de telecomunicações passaram por grandes mudanças durantes as Copas do Mundo. Principalmente em relação ao tráfego de dados, que aumentou de maneira significativa nos últimos anos.
O motivo desse crescimento é simples: fotos no Instagram, vídeos pelo WhatsApp, postagens nas redes sociais. Essas e outras atividades que os usuários adoram fazer quando participam de um grande evento ficam simples com smartphones nas mãos. E com esses gadgets cada vez mais acessíveis, haja rede que aguente.
Para se ter uma ideia, na Copa deste ano no Brasil, são esperados que 14.6 terabytes de dados trafeguem na rede do estádio na partida final. Esse valor estimado viria de 74 mil torcedores compartilhando um vídeo em alta definição de um minuto. As informações são da NetApp, empresa que atua na área de armazenamento de dados na nuvem.
Na Copa de 2022 em Catar, a partida final deve movimentar 1.3 petabyte de dados por 86 mil torcedores. O interessante é que a previsão não considera mais os smartphones no futuro, mas os dispositivos inteligentes vestíveis, como smart watches, que serão capazes de transmitir vídeos do jogo em alta definição.
Como base de comparação, a empresa apurou informações do Mundial de 1998 na França e de 2006 na Alemanha. Em 1998, o tráfego foi apenas de 2 megabytes na decisão do campeão, pois apenas 15 mil dos 80 mil torcedores tinham celular e enviaram uma média de um SMS. Na Alemanha, o tráfego cresceu para 30 GB na partida final, contabilizando 69 mil pessoas com celular que enviaram fotos de 1.3 MP.
Problemas na rede
É fato que o tráfego de dados da Copa do Mundo de 2014 terá um volume grande, mas os torcedores podem sentir problemas na rede durante as partidas. As maiores operadoras do País estão trabalhando na construção de uma rede conjunta interna nos estádios, além da infraestutura do 3G existente e, em poucos locais, do 4G.
A instalação de redes Wi-Fi, que terão acesso gratuito aos torcedores, sofre alguns empecilhos atualmente. Segundo o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), devido à falta de autorizações, ainda não foi possível instalar as estruturas nos estádios de São Paulo, Curitiba, Recife, Fortaleza, Natal e Belo Horizonte.
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