As empresas de tecnologia se posicionaram positivamente em relação à aprovação do Marco Civil da internet, projeto que visa regulamentar o uso da web no País, estabelecendo obrigações para os prestadores de serviços e esclarecendo os direitos dos internautas. O texto foi aprovado pela Câmara dos Deputados na última terça-feira, 25, e ainda precisa passar pelo plenário do Senado e, a seguir, segue para a sanção presidencial.
Em depoimento ao Terra, a Microsoft, o Facebook, o Twitter e o Google disseram ser favoráveis ao Marco Civil. Todos reforçaram a importância do projeto para os internautas e para o Brasil. “A aprovação do Marco Civil é de fundamental importância, posicionando o Brasil entre as nações com legislação de internet mais modernas no mundo”, disse a Microsoft em comunicado.
“Nós sempre apoiamos abertamente o Marco Civil da internet, resultado de um rico debate que levou a um projeto de lei moderno, composto de princípios reconhecidos globalmente”, afirmou o Google. O Twitter também apoiou o projeto e a intenção dele de proteger os valores de liberdade de expressão, desenvolvimento social e inovação econômica, enquanto o Facebook reforçou a importância de o Marco Civil estimular a “consolidação de uma rede aberta”.
Comemoração unânime
A aprovação do Marco Civil também foi comemorada pelas operadoras de telefonia móvel. Em nota, o sindicato do setor, o SindiTelebrasil, disse ter recebido a notícia de forma positiva. Ele reforçou a mudança feita no texto original sobre o ponto da neutralidade de rede. No projeto original, os provedores de serviços não poderiam oferecer planos de acesso com limitação de conteúdo. Mas as teles alegaram que esse ponto impediria a venda de pacotes de dados com velocidades diferentes de internet, e o artigo foi alterado.
“O texto aprovado, mesmo não sendo em sua totalidade a proposta que o setor considera ideal para a sociedade, assegura que seja dada continuidade aos planos existentes e garante a liberdade de oferta de serviços diversificados para atender aos diferentes perfis de usuários”, defendeu o sindicato em nota.
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O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI) considerou a aprovação do Marco Civil “um grande avanço para a proteção dos direitos civis constitucionais dos brasileiros”. O CGI também reiterou seu posicionamento em alguns aspectos do projeto, entre eles, defendeu a liberdade de expressão, a privacidade das pessoas e o respeito aos direitos humanos na web, além da neutralidade de rede.
“Filtragem ou privilégios de tráfego de dados devem respeitar apenas critérios técnicos e éticos, não sendo admissíveis motivos políticos, comerciais, religiosos, culturais, ou qualquer outra forma de discriminação ou favorecimento”. O CGI e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) serão ouvidos na criação de decretos que determinam as exceções de neutralidade de rede.
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O projeto da World Wide Web (WWW) começou em março de 1989 e tinha como nome inicial Gerenciamento de Informação: A Proposta
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Seu criador, Tim Berners-Lee é filho de Conway Berners-Lee (foto), que trabalhou na equipe do primeiro computador comercial, o Ferranti Mark 1
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Na faculdade, Berners-Lee construiu um computador usando peça de uma velha TV
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A World Wide Web não foi o primeiro projeto de Berners-Lee envolvendo comunicação, ele escreveu código ENQUIRE, baseado em livro da era vitoriana que lia quando pequeno. O código foi perdido.
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Na proposta inicial da web, Berners-Lee escreveu: Ao dar um sistema para manipular informações, a esperança é que permita criar uma série de informações que podem crescer e emergir com a organização de projetos que se descrevem. Para isto se tornar possível, o método de armazenamento não deve colocar suas próprias restrições na informação. Por isso uma rede de notas com links (como referência) entre elas é mais utilizada que um sistema de hierarquia fixo
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O gerente de Berners-Lee na época, Mike Sendall, afirmou que o projeto WWW era "vago, mas interessante"
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Berners-Lee escreveu o primeiro navegador para a web em 1990. Chamado de WorldWideWeb.app, ele foi rodado em um computador da NeXT, criado por Steve Jobs após sua primeira saída da Apple
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O WorldWideWeb.app demorou dois meses para ser escrito
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As primeiras páginas foram preservadas por Berners-Lee e pelo W3C, contudo a página original só foi liberada em abril de 2013
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O primeiro site da rede foi o info.cern.ch feito na mesa de Tim Berners-Lee na sede do CERN
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Quatro ideias foram a base do sucesso da web: universalidade, descentralizado, tecnologia gratuita e age como resultado de colaboração.
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A rede não é a mesma coisa que a internet. A rede é qualquer informação identificada com um link ou endereço URL (Universal Resource Locator), a principal peça da tecnologia na rede.
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A internet existe de 1969 e foi desenvolvida pelo governo americano para enviar pacotes de informações entre softwares
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A barra dupla // nos links era uma ideia de Berners-Lee copiada do sistema de arquivos dos computadores Apollo. A Microsoft também adotou a barra dupla, contudo para outro lado
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Embora exista o www não é necessário digitar as três letras- isto era apenas um regra para ajudar as pessoas a reconhecer que alguém estava rodando um servidor na rede
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O navegador WorldWideWeb ficou disponível para o público em 1991 por meio de FTP.
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Em 30 de abril de 1993, o CERN tornou a WorldWideWeb um domínio público, o ponto de partida para o crescimento da rede mundial de computadores.
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Para desenvolver padrões de acesso na tecnologia WWW, Tim Berners-Lee criou o World Wide Web Consortium (W3C) em abril de 1994. Hoje a entidade atua em parceria com o MIT, ERCIM, Universidade Keio e Universidade Beihang
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Em 2004, a W3C adotou uma liderança na indústria da patente de royaties livre, para assegurar a visão de Berners-Lee de uma plataforma livre e aberta para a inovação
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Ainda em 2004, o criador da web foi condecorado como cavaleiro pela Rainha Elizabeth II e recebeu o título de Sir
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Em 2008, Tim-Berners criou a Fundação World Web com a missão de garantir uma rede aberta para que todos a acessem e usem livremente; a instituição é responsável pelo evento de 25 anos da rede
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Segundo a ITU (União Internacional de Telecomunicações), apenas 40% das pessoas tem acesso à internet. Em média, uma conexão de banda larga custa um terço da renda nos países em desenvolvimento.
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O número de páginas na rede é bastante vago, mas as entidades de Berners-Lee calculam que ultrapasse em dezenas de bilhões. Embora esse número possa subir, devido as páginas que não são indexadas aos buscadores de páginas, como Google e Bing.
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Segundo a Internet Live Stats, a rede alcançará um bilhão de sites ao final de 2014.
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Inglês, chinês, espanhol, japonês e português são as línguas mais utilizadas em comunicações online.