Exército vai censurar conteúdos críticos ao golpe de Estado na Tailândia

23 mai 2014 - 06h35

A nova junta que governa a Tailândia advertiu nesta sexta-feira que vai bloquear os conteúdos críticos ao golpe militar, que incitem à violência nas redes sociais e que vai perseguir os autores dos comentários, segundo um dos boletins transmitidos pela televisão.

A Junta pediu "a cooperação dos operadores das redes sociais e de todos os envolvidos com o objetivo de impedir as mensagens que incitem à violência, critiquem o Conselho e violem as leis".

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"Suspenderemos o serviço imediatamente se encontramos a violação destas normas e perseguiremos os responsáveis", acrescentou a mensagem.

A censura nas redes sociais se soma ao bloqueio da transmissão de emissoras locais e internacionais, como a "BBC" e a "CNN", e das estações de rádio.

Segundo os militares, essas medidas foram tomadas para garantir que a população seja informada com as "notícias corretas".

O diretor de programação da televisão local "PBS" foi detido ontem à noite após transmitir um boletim de notícias através do YouTube.

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O general Prayuth assumiu todo o poder ontem após considerar que as tentativas de um acordo entre o Executivo interino e os manifestantes antigovernamentais fracassaram.

Nas horas seguintes, o general decretou o toque de recolher, proibiu as reuniões públicas e suspendeu a Constituição.

O golpe militar põe fim a oito meses de manifestações antigovernamentais que deixaram 28 mortos e mais de 800 feridos.

Este é o 12º golpe de Estado bem sucedido cometido pelos militares na Tailândia, de um total de 19 tentativas, desde a queda da monarquia absolutista em 1932.

O último golpe ocorreu em 2006, quando o primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, irmão de Yingluck, foi deposto também em um contexto de grandes manifestações.

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Os golpistas de então revogaram a Constituição e redigiram outra, que foi aprovada em um referendo. Em seguida, realizaram eleições no final de 2007.

  
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