Facebook e Microsoft revelam nº de pedidos recebidos dos EUA

Facebook diz que EUA solicitaram dados de ao menos 18 mil usuários; já a Microsoft lista entre 31 mil e 32 mil contas

15 jun 2013 - 01h00
(atualizado às 05h47)
<p>Empresas querem mais transparência do governo</p>
Empresas querem mais transparência do governo
Foto: Reprodução

O  Facebook e a Microsoft disseram nessa sexta-feira que, após uma semana de negociações com autoridades da segurança nacional dos Estados Unidos, as empresas foram permitidas a fazer novas revelações sobre os pedidos de informações secretas feitos pelo governo sobre dados de usuários. As solicitações ao Facebook afetaram entre 18 mil e 19 mil contas, o que a rede social considera "uma pequena fração" dos mais de um bilhão de usuários.

A Microsof divulgou os dados pouco depois do Facebook. Segundo John Frank, vice-presidente da empresa, foram recebidas entre 6 mil e 7 mil solicitações, entre mandados criminais e de segurança nacional, intimações e ordens, que afetaram entre 31 mil e 32 mil contas.

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Em comunicado, Ted Ullyot, representante legal do Facebook, afirmou que a companhia só é permitida a falar sobre números totais, sem fornecer maiores detalhes, mas disse que estão negociando para ter permissão para maiores revelações. Seguindo as orientações, a companhia de Mark Zuckerberg informou que recebeu entre 9 mil e 10 mil solicitações de agências do governo, em questões que vão de crianças desaparecidas a ameaças terroristas. Os pedidos foram recebidos pelas duas empresas no último semestre de 2012.

Ullyot, que não especificou até que ponto forneceu informações particulares, afirmou que a empresa sempre tenta proteger a privacidade dos usuários nestas solicitações, e disse que, até o momento, as autoridades não permitem a revelação de dados específicos, de modo que, por exemplo, possam separar somente aqueles que afetam à segurança nacional e que são autorizados sob a Lei de Vigilância de Inteligência Estrangeira (Fisa).

O Facebook, que negou desde o princípio que permite o acesso direto aos seus servidores, disse nessa sexta que "os casos que afetam a segurança nacional são em sua natureza classificados e muito delicados e tradicionalmente existem limites, inclusive, para reconhecer a recepção destes pedidos". A rede social disse que vai continuar pressionando pela defesa da privacidade de seus usuários e para promover a transparência.

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A Microsoft, por sua vez, minimizou o resultado do acordo com o governo americano, pedindo ainda mais liberdade sobre os pedidos. “Nós continuamos a acreditar que o que nós somos permitidos a publicar ainda é pouco sobre o que é preciso para ajudar a comunidade a entender e debater essas questões”, disse John Frank, acrescentando, assim como o Facebook, que os usuários afetados representam uma pequena fração do total de clientes da empresa.

Na semana passada, os jornais The Guardian (Reino Unido) e The Washington Post (EUA) revelaram dois programas de espionagem com participação da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, um afetava registros telefônicos e o outro as empresas de internet. Este último, conhecido como PRISM, supostamente permite o acesso direto aos servidores de nove das maiores empresas de internet dos EUA, como Google, Facebook, Microsoft e Apple.

Em uma rara aliança, empresas como o Google, Microsoft e Facebook estão pressionando a administração Obama a permitir maior transparência em relação aos pedidos de agências do governo sobre dados de usuários.

Com informações das agências AP e EFE

Fonte: Terra
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