Com apenas 13 anos, o jovem americano Daniel Singer já criou site, criou aplicativo, fez parcerias com celebridades e se reuniu com Google e outras empresas interessadas em suas criações. E negou todas as ofertas.
Daniel é criador do site YouTell, que permite que as pessoas recebam opinião de amigos anonimamente, serviço que evoluiu naturalmente para o aplicativo Backdoor. Disponível para iOS, a ferramenta de bate-papo permite aos usuários enviarem mensagens anônimas para sua lista de amigos do Facebook e do Google+. A conversa acaba virando um jogo, já que o destinatário da mensagem pode comprar pistas - com dinheiro real - sobre a pessoa que lhe enviou mensagens até descobrir sua identidade.
O aplicativo rendeu a Daniel duas reuniões com o Google, além de uma proposta de uma empresa chinesa antes mesmo do lançamento. "Não achei certo deixar o aplicativo ter seu caminho interrompido tão cedo. Eu acho que pode valer muito, muito mais e fazer muito mais quanto mais eu trabalhar nele", afirmou.
Daniel nasceu em Los Angeles e é filho do produtor de cinema Uri Singer e da brasileira Roseli Singer. Apesar de nunca ter morado no Brasil, a relação com o País fez surgir parcerias com celebridades nacionais, que trocam mensagens com fãs através do app para iPhone. Entre os famosos estão Sandy, Fernanda Paes Leme, Tatá Werneck, Bruno Gagliasso, Giovanna Lancelotti, Fernanda Rodrigues e André Marques.
Com uma agenda conturbada para um adolescente de 13 anos, Daniel deu uma rápida entrevista por e-mail ao Terra, no intervalo do tempo que divide entre os estudos, a programação e o espírito empreendedor. "Eu tenho uma agenda bastante rigorosa, mas adaptável", disse.
Terra - Como surgiu a ideia para criar o Backdoor? Quando você percebeu que um aplicativo que envia mensagens anônimas poderia funcionar?
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Daniel Singer -
Foi durante uma reunião do YouTell, quando eu trouxe uma forma de responder a um comentário e depois responder de novo. Quando alguém diz que seu cabelo é bonito, você quer saber por que é bonito, e vem a resposta que é porque é castanho. E isso pode continuar por um tempo, mas a forma como a ferramenta foi construída, como uma seção de comentários, não funciona bem para esse tipo de cenário.
Então, eu decidi criar o Backdoor com o mesmo sentido anônimo do YouTell, e essa grande ideia de responder a um comentário que eventualmente pode se expandir para qualquer tipo de coisa. Eu percebi que era grande o bastante quando foi lançado. Nosso crescimento mostra que o anonimato é uma excelente e perfeitamente viável forma de comunicação.
Terra - Quanto tempo o aplicativo demorou para ser desenvolvido?
Daniel -
Eu trabalhei com a equipe que ajudou a construir o YouTell. Levamos cerca de cinco meses construindo o produto para realmente afinar a experiência e ter um frande lançamento. O aplicativo está indo muito bem e continua crescendo a cada dia. Atualmente, temos uma equipe de seis pessoas trabalhando nele.
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Terra - E quantos usuários o aplicativo tem hoje?
Daniel -
Eu não tenho um número agora porque o nosso crescimento nos impede de ter um número exato. Mas estamos fazendo testes e nos preparando para lançar a versão para Android nas próximas semanas.
Terra - Você recebeu propostas de compra do aplicativo. Por que não aceitou?
Daniel -
Eu vejo o Backdoor em sua forma atual como apenas o começo de um produto e de uma rede muito maiores. Não achei certo deixar o aplicativo ter seu caminho interrompido tão cedo. Eu acho que pode valer muito, muito mais e fazer muito mais quanto mais eu trabalhar nele.
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Terra - O Google teve interesse no app? O que foi discutido nessas reuniões?
Daniel -
Eu não posso falar do que acontece em minhas reuniões, mas posso confirmar que tive uma reunião com o Google e encontrei outras empresas da região.
Terra - Você sempre gostou de tecnologia? Quando você começou a trabalhar com isso?
Daniel -
Eu sempre amei computadores e tecnologia em geral, mas meu o meu verdadeiro interesse em computadores e programação provavelmente começou quando eu construí o meu primeiro computador aos 10 anos e quando eu criei meu primeiro canal no YouTube.
Terra - Você tem apenas 13 anos. Como você gerencia os estudos e o trabalho no aplicativo?
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Daniel -
O mais importante é ter uma boa gestão de tempo, que quando é feita corretamente me permite programar tudo. Eu tenho uma agenda bastante rigorosa, mas adaptável, que me permite lidar com o Backdoor e a escola ao mesmo tempo, sem nenhum problema.
Terra - Como você se vê daqui a 10 anos?
Daniel -
Eu provavelmente estarei trabalhando em outra start-up. Eu realmente gosto de criar produtos para ajudar a mudar o mundo para melhor e ajudar as pessoas a se conectarem a compartilharesm experiências. Eu realmente acho que é mágico que nós tenhamos o poder de transformar um comportamento comum desde o surgimento dos seres humanos e poder torná-lo uma experiência melhor agora que temos iPhones e outras tecnologias.
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Daniel Singer, 13 anos, criou o aplicativo Backdoor, uma ferramenta de bate-papo que permite enviar mensagens anônimas para os contatos do Facebook e do Google+. Antes mesmo do lançamento, Daniel negou uma proposta de compra de uma empresa chinesa e já se reuniu duas vezes com executivos do Google no Vale do Silício. Veja na galeria mais jovens "gênios" e suas criações
Foto: Divulgação
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A canadense Ann Makosinski, 15 anos, criou um novo tipo de lanterna que usa o calor da mão do usuário - em vez de pilhas ou baterias - para funcionar. A estudante é finalista do Google Science Fair com sua ideia. Ela afirma que precisa apenas de 5 graus de diferença de temperatura para criar a energia necessária para acender a lâmpada LED
Foto: Reprodução
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A americana Brooke Martin, 13 anos, criou uma aparelho que permite fazer videochats com animais de estimação e ainda entregar-lhes à distância, um cookie, para animá-los. O aparelho uso um computador Raspberry Pi como cérebro e conecta-se à Wi-Fi da casa
Foto: Reprodução
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Esha Khare, 18 anos, criou um sistema que no futuro pode ser usado para carregar uma bateria de celular em 20 segundos. O dispositivo criado pela jovem armazena mais energia em um espaço menor do que as baterias tradicionais de telefone. Até agora, sua invenção foi usada apenas para carregar a energia de um LED, mas ela acredita que sua invenção no futuro possa ser usada em celulares, carros ou qualquer aparelho com bateria recarregável
Foto: Divulgação
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Owen Nannarone, 10 anos, mora em Boston com os pais e uma irmã. Mas além de um jovem estudante, ele é também um jovem inventor: criou um pino de golfe inteligente, capaz de medir a velocidade e o ângulo de uma tacada
Foto: M. Scott Brauer/Wired
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O adolescente inglês Nick D'Aloisio, 17 anos, mostra seu aplicativo Summly, criado quando tinha 15 anos e vendido ao Yahoo! por um valor estimado em US$ 30 milhões
Foto: Reuters
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O aplicativo criado por Nick resume o conteúdo de páginas e resultados de buscas, agilizando a navegação pela internet, e foi criado quando ele estudava para um prova de história
Foto: Reuters
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Mackenzie Wilson, 9 anos, arrecadou quase US$ 17 mil em dois dias para pagar um acampamento de programação no KickStarter - site de crowdfunding, onde qualquer pessoa pode financiar um projeto. Ela quis provar aos irmãos mais velhos que poderia criar um game - e pagar por ele
Foto: Reprodução
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Com sete anos, a menina Zora Ball se tornou a pessoa mais jovem a criar um jogo para celular. Segundo o jornal Pittsburgh Courier, o app foi apresentado em um evento na universidade da Pensilvânia (Estados Unidos), no mês passado
Foto: Reprodução
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A americana Deepika Kurup, 14 anos, criou um sistema de purificação de água movido a energia solar. A ideia da estudante do ensino médio de New Hampshire surgiu quando ela viu crianças indianas bebendo água suja de uma poça d'água. A cena fez com que ela buscasse "uma solução para a crise global de água", segundo ela. Seu sistema de baixo custo lhe rendeu um prêmio de US$ 25 mil em um desafio para jovens cientistas promovido pela 3M
Foto: Divulgação
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Quatro adolescentes nigerianas, entre 14 e 15 anos, desenvolveram um sistema alternativo de geração de energia: um gerador que funciona durante seis horas com um litro de urina. O aparelho, que funciona com um botijão de gás, um filtro de água e o dispositivo gerador, foi feito em um trabalho escolar
Foto: White African
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Sam Pritt, 17 anos, criou um programa de computador que permite identificar o local que uma fotografia foi tirada ao ar livre. Na tela do seu computador aparece uma foto e o gráfico que resultante da linha do horizonte usado para identificar a localização. O adolescente estudou a vida inteira em casa, e concorre com seu programa em um concurso nacional da Siemens. Veja na galeria mais gênios precoces da tecnologia e suas criações
Foto: AP
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Adolescente de Serra Leoa cria bateria com lixo e vai parar no MIT
Foto: Reprodução
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Paul Donahoo tem 13 anos e já tem sua empresa: a Bread and Butter Software LLC. Através dela, o jovem desenvolvedor já lançou seis aplicativos para venda na App Store, da Apple
Foto: Reprodução
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Uma das criações de Dunahoo chama-se Basket, o primeiro aplicativo de lista de compras integrado ao serviço iCloud
Foto: App Store
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O chileno Sebastián Alegria, 15 anos, foi um dos painelistas deste ano na edição brasileira da Campus Party, maior evento de cultura digital do mundo
Foto: Mauro Horita
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Sebastián criou um sistema de alerta de terremotos que manda avisos através de perfil no Twitter (@AlarmaSismos), desenvolvido a partir de um sensor que custou US$ 50
Foto: Twitter
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Thomas Suarez criou seu primeiro aplicativo em 2010, aos 12 anos. Hoje ele tem uma empresa chamada CarrotCorp e já foi até palestrante em um TEDx
Foto: YouTube
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Um dos mais famosos apps da empresa de Suarez é o Bustin Jieber, jogo no qual o usuário pode dar marretadas no cantor adolescente Justin Bieber
Foto: Reprodução
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O simulador tem jeito de sucata por fora, mas foi desenvolvido com ajuda de tecnologias de ponta e contém um painel digital em seu interior
Foto: YouTube
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Entre as criações de D'Aloisio está o aplicativo Summly, um serviço de buscas na internet para iPhone que atraiu investimento inicial de US$ 250 mil
Foto: Reprodução
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Caine Monroy, 9 anos, não desenvolveu nenhum aplicativo, mas inovou ao criar um fliperama totalmente artesanal, feito com reaproveitamento de caixas de papelão da loja de seu pai, em East Los Angeles
Foto: Vimeo
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Michael Sayman, 15 anos, já tem seu prórpio negócio de softwares para smartphones e tablets, e estima que já tenho vendido aplicativos para cerca de 1 milhão de usuários na App Store
Foto: BBC
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A invenção, toda construída à mão por Caine, gerou um vídeo, que virou webhit e resultou em US$ 140 mil em doações. A quantia será usada para financiar os estudos do menino
Foto: Vimeo
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Mathew Ho e Asad Muhammad, ambos de 17 anos, mandaram um boneco Lego para a atmosfera terreste usando um balão de gás hélio, trajetória que foi registrada por uma câmera de vídeo acoplada a uma peça de Lego
Foto: YouTube
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Inspirados por um programa de TV, cinco estudantes adolescentes criaram seu próprio simulador de vôos espaciais
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O brasileiro Pedro Franceschi ficou conhecido, desde muito jovem, por suas habilidades com programação. Em 2010, aos 13 anos, foi painelista do TEDxSudeste
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Franceschi desbloqueou diversos dispositivos, incluindo iPhones. No final de 2011, publicou um vídeo na internet mostrando como fez o assistente de voz Siri, da Apple, falar em português