O líder supremo iraniano, Ali Khamenei, publicou em seu site sua decisão de proibir que meninos e meninas que não se conhecem conversem pela internet.
O portal de notícias conservador "Rajanews" anunciou recentemente o que definiu como uma nova "fatwa", que esta semana apareceu no site do líder (leader.ir) em forma de resposta a uma pergunta de um fiel muçulmano.
Perguntado sobre "Qual é sua opinião sobre os chats online entre meninos e meninas?", o líder máximo espiritual e político do Irã respondeu: "Dada a imoralidade que habitualmente se aplica a esses casos, não é permitido".
O comentário do Khamenei aconteceu depois que o aplicativo chinês WeChat, amplamente usado no país asiático, foi bloqueado no Irã no mês passado.
Pouco depois, os usuários de redes como Instagram e Viber também sofreram problemas de conexão durante horas ou dias, mas, mais tarde todas as redes voltaram a funcionar.
No início de janeiro, o secretário do Comitê para determinar o Conteúdo Criminoso na web, Abdolsamad Jorramabadi, disse que os pedidos de filtragem de aplicativos como WeChat, Viber, Tango e WhatsApp será adiado até que o Irã desenvolva seus próprios aplicativos.
Segundo Jorramabadi, aplicativos que compartilham fotos, mensagens e voz pelo celular e pelo computador são perigosos porque "podem ser trocados através deles conteúdos criminosos" e, especificamente, porque "permitim colher e analisar informações de inteligência e enviá-las aos estrangeiros".
Mais de 5 milhões de páginas da internet e redes sociais como Facebook e Twitter são bloqueadas no Irã e só podem ser acessados através de programas antifiltros, o VPN.
O bloqueio também afeta aplicativos de celular, muitos dos quais já não podem ser baixados no país.