As contas do papa Francisco no Twitter atingiram, em 24 de fevereiro, 12 milhões de seguidores, desses 960 mil na língua portuguesa, conforme mostrou nesta terça-feira a apresentação de um estudo sobre o impacto do pontífice na internet.
Intitulado "Internet loves Pope Francis" (A internet ama o papa Francisco), o estudo foi realizado pela empresa de consultoria 3rdPlace para a rede católica Aleteia.org entre março e novembro de 2013, e foi apresentado hoje no Mobile World Congress realizado em Barcelona, na Espanha. Jorge Mario Bergoglio foi eleito pontífice em 13 de março de 2013 no lugar de Bento XVI, que tinha renunciado algumas semanas antes.
Entre outros dados, o estudo revela que no primeiro ano de presença na rede o 266º Bispo de Roma foi o líder internacional com mais menções na internet. Foram, ao todo, 49 milhões, das quais três quartos foram gerados no Twitter e o resto em sites de notícias e outros veículos de comunicação.
Isto se deve, principalmente, ao fato de suas postagens no Twitter terem, em média, 6.637 retweets, que fazem dele o líder mundial com maior eco direto nesta rede social, à frente do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que tem uma média de 2.309 republicações por mensagem.
As contas, que existem nas versões em português, espanhol, inglês, francês, italiano, latim, polonês, alemão e árabe, estão ativas desde 12 de dezembro de 2012, e em muitas ocasiões o papa falou da importância de a Igreja usar as várias formas de comunicação. Atualmente, a versão com mais seguidores é a em espanhol, com 4,9 milhões usuários.
O estudo revelou que o papa Francisco lidera também as pesquisas mensais no Google, com 1.737.300. As citações associadas ao papa revelam uma distribuição geográfica mais global e homogênea. Acima de tudo, não estão centradas em uma região específica.
A pesquisa também analisou as temáticas vinculadas às menções na rede, e estabeleceu que 21% se referem a questões políticas ou econômicas. Somente 4% são estritamente religiosas.
O presidente de Aleteia e integrante do Conselho de Comunicações Sociais da Santa Sé, Jesús Colina, destacou que o papa Francisco obtém bons resultados na rede apesar de não contar com uma página oficial de Facebook, porque "o Vaticano não sabe como gerenciar a interatividade e responder a milhares de mensagens".
A liderança chama a atenção se for considerado que não é o próprio papa que escreve os tweets publicados, e, além disso, ele "não tem telefone celular, nem quer ter", revelou Colina, que acredita no potencial de crescimento da mensagem do papa na rede.