WhatsApp, um dos aplicativos mais populares do mundo, viola leis internacionais de privacidade porque obriga os usuários a permitir acesso a seus contatos telefônicos, disseram autoridades de proteção de dados do Canadá e Holanda. O alerta surge em um momento de crescentes críticas às empresas de internet, como o Facebook, sobre o armazenamento de informações pessoais e como isso é compartilhado.
O app, um dos cinco mais vendidos do mundo, é uma ferramenta de mensagem instantânea para smartphones, popular nos principais sistemas operacionais e compatível com iPhones, aparelhos Android, BlackBerry e Windows Phone. Funciona como uma alternativa gratuita e online às mensagens de texto (SMS). Através do WhatsApp, se enviam mais de 1 bilhão de mensagens por dia.
Autoridades daqueles dois países afirmaram em um relato conjunto nesta segunda-feira que o aplicativo viola leis de privacidade porque, depois de fazer o download, os usuários têm que dar acesso a todos os números telefônicos de sua agenda, quer utilizem ou não o WhatsApp posteriormente.
"Essa falta de opção viola as leis (canadenses e holandesas) de privacidade. Tanto usuários como não usuários deveriam ter controle sobre seus dados pessoais e poder decidir com liberdade que informações de contato querem compartilhar com o WhatsApp", afirmou Jacob Kohnstamm, presidente da Autoridade de Proteção de Dados da Holanda.
A empresa WhatsApp Inc. com sede na Califórnia, não estava imediatamente disponível para declarações. Os responsáveis pelo aplicativo se comprometeram a fazer mudanças para proteger a privacidade dos usuários, permitindo, por exemplo, adicionar contatos de forma manual, segundo as autoridades.