Já tinha o urânio e agora tem uma dúzia de usinas em construção: a Rússia busca a hegemonia nuclear

Com mais de 10 usinas nucleares em construção, a Rússia amplia sua influência global e contorna sanções internacionais. O Kremlin anunciou sua intenção de atender à crescente demanda por energia, impulsionada pelo avanço da Inteligência Artificial e pelo aumento do consumo energético em setores estratégicos.

15 mar 2025 - 14h20
(atualizado em 17/3/2025 às 15h36)
Foto: Xataka

Cada país tem sua própria tradição para celebrar a virada do ano, desde as 12 uvas na Espanha até os espetáculos de luzes (agora com drones) na China. Em meio a essas festividades, Vladimir Putin fez um discurso televisivo, revisando a agenda anual com foco nos conflitos bélicos. No entanto, um ponto essencial ficou de fora: a expansão silenciosa da Rússia no setor nuclear, um dos pilares estratégicos da matriz energética global.

Aposta na energia nuclear

A Rússia está construindo mais de 10 usinas nucleares em diversos países, incluindo Bangladesh, China, Egito, Índia, Irã e Turquia. O objetivo desse ambicioso projeto é consolidar Moscou como a maior potência mundial no setor nuclear. No entanto, essa expansão vai além da geopolítica: ela também abre novas rotas para contornar as sanções impostas pelo Ocidente.

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A informação foi confirmada por Boris Titov, representante especial do Kremlin para cooperação internacional em sustentabilidade.

Em entrevista ao Financial Times, Titov explicou que a Rússia busca aumentar sua hegemonia nuclear e, ao mesmo tempo, atender à crescente demanda energética impulsionada pelo avanço da Inteligência Artificial.

Diversificação de mercado: o trunfo nuclear da Rússia

O setor nuclear tornou-se um trunfo estratégico para a Rússia, não apenas na construção de usinas, mas também na oferta de combustível e serviços complementares. Sob a supervisão da estatal Rosatom, o Kremlin conduz diversos projetos, como a usina Paks 2, na Hungria, as ...

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